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Estado de Minas LIMA

Vladimiro Montesinos é transferido de base naval a presídio comum no Peru


25/08/2021 17:40

Vladimiro Montesinos, o todo-poderoso chefe de Inteligência do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, foi transferido nesta quarta-feira (25) da base naval onde cumpria pena a um presídio comum, uma medida que também atingirá o fundador do grupo extremista Sendero Luminoso, Abimael Guzmán.

"Transferimos Vladimiro Montesinos ao Presídio Ancón II [ao norte de Lima] até o fim de sua sentença" de 25 anos, escreveu o presidente Pedro Castillo em sua conta no Twitter.

Em junho, desde a prisão de segurança máxima da Base Naval de Callao, o ex-homem forte de Fujimori (1990-2000) tentou subornar magistrados do juizado eleitoral para que dessem a vitória à candidata de direita Keiko Fujimori, filha do seu ex-chefe, em prejuízo de Castillo, após o apertado segundo turno das eleições presidenciais.

O novo presidente de esquerda informou que em seu governo "nenhuma pessoa privada de liberdade terá um tratamento privilegiado nem lhe será permitido burlar a segurança das prisões para continuar delinquindo".

Horas antes do anúncio de Castillo, o governo emitiu um decreto permitindo a transferência de detentos da Base Naval a presídios comuns, nos quais haverá um regime de segurança máxima operado pelo Instituto Nacional Penitenciário (INPE).

Montesinos, de 76 anos, cumpre desde 2001 pena de 25 anos de prisão por corrupção e atualmente é investigado pela justiça civil e militar pelos 17 telefonemas que fez em junho com a finalidade de interferir no processo eleitoral que levou Castillo ao poder.

Na prisão da base do porto de Callao, vizinho a Lima, estão reclusos desde 1992 seis líderes do grupo maoísta Sendero Luminoso e do guevarista MRTA, que também serão transferidos nas próximas semanas a um presídio comum.

Os dois presos mais famosos neste pequeno centro de reclusão naval eram Montesinos e Abimael Guzmán, de 86 anos, condenado à prisão perpétua.

O superespião de Alberto Fujimori chegou a este presídio em junho de 2001, após ter sido capturado em Caracas e extraditado da Venezuela pelo então presidente Hugo Chávez.

Os julgamentos de Montesinos e Guzmán se desenvolveram em uma sala judicial adjacente da prisão, a cargo de juízes civis.

A decisão de transferir os presos da base se deve a um pedido do alto comando naval para fechar este presídio em dezembro deste ano.

A Marinha informou em 2019 o Ministério da Justiça que planejava realizar obras de ampliação da base, para o qual era necessário remover o presídio.


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