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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Desemprego no Brasil registra leve queda, a 14,6% no 2º trimestre


30/07/2021 11:54

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,6% no trimestre março-maio, ligeiramente abaixo do nível recorde de 14,7% registrado entre janeiro e março - de acordo com dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (30).

Em números absolutos, foram 14,8 milhões de pessoas em busca de emprego, número que se mantém inalterado desde o primeiro trimestre do ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz seus relatórios mensais com base nos trimestres móveis.

Em comparação com março-maio de 2020, quando a economia foi atingida pela pandemia do coronavírus e pelas medidas de confinamento adotadas para contê-la, o número de desempregados aumentou 2,1 milhões.

O índice de desemprego subiu 1,7 ponto percentual nesse período: de 12,9% para 14,6%.

O resultado coincide com a expectativa média de 27 consultorias e instituições financeiras questionadas pelo jornal Valor Econômico.

Os analistas preveem que a reativação da maior economia latino-americana ocorrerá à medida que a vacinação avançar para conter a pandemia. Já são mais de 550 mil mortos no país.

Os efeitos dessa reativação devem, no entanto, demorar para serem refletidos no mercado de trabalho, dizem analistas.

"Em um ambiente de incerteza elevadas (...), os empresários adiam investimentos e contratações formais", explica Paulo Peruchetti na edição de julho do Boletim Macro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas.

"Este grau de incerteza provavelmente continuará alto, devidos aos riscos fiscais e turbulências políticas, que tendem a aumentar em 2022 com uma eleição presidencial fortemente polarizada", acrescenta Peruchetti, referindo-se ao provável duelo entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por tudo isso, conclui, "a recuperação do mercado de trabalho deve se dar, principalmente, com empregos informais".

Essa tendência já pode ser observada: o setor informal, que há um ano representava 37,6% da população empregada no Brasil, atingiu 40% (34,7 milhões de pessoas) em março-maio, segundo o IBGE, que realiza seus estudos com as consultas em domicílio.

A dificuldade de obtenção de emprego com carteira assinada também se reflete no aumento do número de trabalhadores autônomos, que totalizou 24,4 milhões. Isso representa um aumento de 8,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior.


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