O Conselho Permanente da OEA, que reúne os 34 membros ativos da organização, aprovou por aclamação uma declaração de repúdio ao "atentado vil" com armas de fogo ocorrido esta manhã na residência particular do presidente em Porto Príncipe, no qual a primeira-dama, Martine Moise, ficou gravemente ferida.
O texto, apresentado pela delegação haitiana à OEA, indica a "mais veemente condenação do crime hediondo" e faz "um apelo urgente a uma rápida investigação internacional" para levar seus perpetradores à justiça.
O Conselho Permanente da OEA, convocado em sessão extraordinária, expressou "sua rejeição enfática a todas as formas de violência e intolerância", assim como "seu apoio constante ao diálogo entre os partidos políticos, ao respeito à Constituição da República do Haiti e às instituições democráticas do Estado".
"Nossa OEA hoje está de luto", disse o Secretário-Geral Luis Almagro. "E ao mesmo tempo está mais determinada do que nunca a continuar trabalhando pela causa haitiana. A estabilidade institucional do Haiti deve estar no centro de nossas preocupações", acrescentou.
O diplomata uruguaio exortou o primeiro-ministro haitiano interino, Claude Joseph, a "apegar-se às instituições e apoiar um diálogo político maduro e calmo para garantir o cumprimento do calendário eleitoral anunciado há poucos dias".
Na mesma linha, o representante dos Estados Unidos, Bradley Freden, falou em particular. "Este é o único caminho a seguir", disse ele.
Em suas mensagens de condolências e rejeição ao que descreveram como um ato "covarde", "odioso" e "sem sentido", um após o outro os representantes dos diferentes países desejaram uma rápida recuperação à primeira-dama, cujo estado é "estável, mas crítico", segundo o embaixador do Haiti em Washington, Bocchit Edmond.
WASHINGTON