O político de 64 anos foi cofundador do PO há vinte anos e foi primeiro-ministro de seu país entre 2007 e 2014.
Tusk atualmente ocupa a presidência do Partido Popular Europeu (PPE) e frequentemente atua como um comentarista sobre a política polonesa.
"Donald Tusk vai voltar", declarou Tomasz Siemoniak, vice-presidente do PO, na véspera do congresso do partido nesta sexta-feira.
Malgorzata Kidawa-Blonska, outra deputada do PO e vice-presidente do Parlamento, considerou que o retorno de Tusk "resolveria muitos dos nossos problemas" e era "o caminho que todos esperamos".
Tusk, um apaixonado por futebol, cresceu na cidade portuária de Gdansk (norte), onde surgiu o movimento Solidariedade que enfrentou o regime comunista.
Quando foi presidente do Conselho Europeu, entre 2014 e 2019, gerenciou crises como a da migração e da situação econômica na Grécia, ou as difíceis negociações do Brexit.
A incerteza reinava desde que o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, finalista nas eleições presidenciais do ano passado, declarou estar disposto a assumir a liderança do partido.
De acordo com a imprensa, Trzaskowski recuou e não irá se opor à candidatura de Tusk.
O PO está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do Partido Conservador Nacionalista Lei e Justiça (PiS) e do partido de oposição centrista Polônia 2050.
O PiS perdeu a sua estreita maioria no Parlamento e as relações com a UE estão se deteriorando devido a várias questões, como as polêmicas reformas judiciais.
As eleições na Polônia estão programadas para 2023, mas os analistas estimam que o partido no poder poderia adiantá-las para evitar um voto de desconfiança no Parlamento.
O PiS também celebra seu congresso neste sábado, que deve confirmar Jaroslaw Kaczynski como líder.
O partido deve aprovar a nomeação do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, 53, como vice-líder, tornando-o um provável herdeiro de Kaczynski, 72.
Uma pesquisa nesta semana mostra que a coalizão de direita dominante, dominada pelo PiS, lidera com 34% das intenções de voto, seguida pela Polônia 2050 com 17,1% e o PO com 16,9%.
VARSÓVIA