A emboscada, que ocorreu no Monte Metin em Dohuk, uma província do Curdistão iraquiano na fronteira com a Turquia, também feriu dois peshmergas, acrescentou Serbast Lazkin, vice-ministro do governo da região autônoma curda do norte do Iraque.
As Forças de Defesa do Povo (HPG), o braço armado do PKK, acusaram os peshmergas de "entrarem numa zona de conflito em Metin" entre o PKK e o Exército turco, "que quer ocupar o Curdistão".
"Esses movimentos de peshmergas são uma facada nas costas do PKK e recusamos sua entrada em uma área sob nosso controle", acrescentam em seu comunicado.
Este incidente ocorre em um momento em que a Turquia realiza uma nova campanha militar, aérea e terrestre, desde 23 de abril, contra o PKK, considerado um grupo "terrorista" por Ancara.
A Turquia denuncia violações de sua soberania a partir do Iraque e o presidente Recep Tayyip Erdogan mencionou recentemente a região de Makhmur, no sul de Dohuk, onde o PKK atua.
"Se a ONU não limpar este lugar, nós cuidaremos disso, como membros das Nações Unidas", alertou, referindo-se a esta região, que fica 250 quilômetros ao sul da fronteira com a Turquia.
"Makhmur quase se tornou a encubadora de Qandil", um feudo do PKK mais ao norte, e "se não intervirmos, esta encubadora continuará a produzir (terroristas)", acrescentou.
No Curdistão iraquiano, o ministério dos Peshmergas pediu que "todos respeitem as fronteiras do Curdistão e não coloquem em risco sua segurança e estabilidade".
O PKK, que se recusa a reconhecer o governo curdo iraquiano e milita por um Curdistão unificado entre Síria, Turquia, Iraque e Irã, enfrenta Ancara e Erbil, capital da região autônoma do Iraque.
ERBIL