Essas chegadas ocorrem dias depois de, na segunda e terça-feiras, mais de 8.000 migrantes, a imensa maioria marroquinos, terem chegado a nado ao outro enclave espanhol do norte da África, Ceuta.
O volume de chegadas a Ceuta foi sem precedentes e deveu-se à ineficácia das autoridades marroquinas. Mais de 6.000 migrantes foram devolvidos ao Marrocos.
Na madrugada desta sexta-feira, "30 pessoas acessaram a nossa cidade, todos eles homens maiores de idade e de origem marroquina", que conseguiram pular a cerca, informou a delegação do governo espanhol em Melilla.
À tarde, outras 40 pessoas, "todas elas do Magrebe", conseguiram entrar após forçarem uma cerca pelo rio de Ouro, entre Melilla e Marrocos, informou a mesma fonte.
Na terça-feira passada, outros 86 migrantes conseguiram pular a cerca dupla deste enclave. Durante a semana, houve outras tentativas similares.
Diante desta situação, as autoridades locais implementaram "uma vigilância mais reforçada", que incluirá "um envio das Forças Armadas para apoiar com caráter imediato" a polícia na fronteira, enquanto aguardam mais agentes da península, informou a delegação do governo.
A crise de Ceuta desencadeou uma crise diplomática entre Madri e Rabat, originada na decisão espanhola de prestar atendimento médico ao líder independentista do Saara Ocidental, um território que Marrocos considera como seu.
As fronteiras de Ceuta e Melilla com o Marrocos são as únicas passagens terrestres entre a União Europeia (UE) e a África, e um alvo frequente de entradas de migrantes irregulares.
MADRI