"A decisão de manter as fronteiras terrestres fechadas permanece no momento, como medida de prevenção e controle contra os riscos de propagação da pandemia de covid-19", explicou a chancelaria equatoriana em nota.
A Colômbia reabriu nesta mesma quarta-feira as fronteiras terrestres, fluviais e marítimas que estavam fechadas há mais de um ano por conta da pandemia, exceto aquelas que compartilha com a Venezuela.
A chancelaria equatoriana indicou que "qualquer medida dessa natureza deve ser um processo bilateral" e insistiu na posição de Quito de "avançar nessa direção no âmbito do diálogo e da coordenação diplomática acordados, tanto com a Colômbia quanto com o Peru".
Na próxima segunda-feira, tomará posse o novo presidente do Equador, Guillermo Lasso, cujo governo decidirá sobre a reabertura das fronteiras terrestres e marítimas do país.
"Os protocolos adotados para uma reabertura gradual e ordenada das fronteiras estão sendo negociados com os países vizinhos e serão decididos e anunciados pelas novas autoridades nacionais", acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.
O órgão enfatizou que, devido ao grave problema da pandemia, a biossegurança continua a ser uma prioridade que deve ser mantida, independentemente das necessidades e interesses econômicos e setoriais.
A Colômbia é o principal parceiro comercial andino do Equador e sua fronteira bilateral é a principal passagem de migrantes venezuelanos para as nações do sul.
Ambos os países estão entre os mais atingidos pela pandemia na América Latina. O Equador, com 17,4 milhões de habitantes, registra cerca de 413.000 casos (2.370 por 100.000 habitantes) e 20.000 óbitos.
QUITO