O oficial confirmou que as "discussões indiretas" estão "ativas" para conseguir "imediatamente" a libertação dos americanos presos no Irã.
A fonte não indicou se essas liberações são uma condição para o restabelecimento do acordo sobre a questão nuclear.
As negociações indiretas entre os Estados Unidos e o Irã começaram em Viena, em abril, por meio dos demais signatários do acordo firmado em 2015 para impedir que Teerã se equipasse com a bomba atômica (União Europeia, Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia).
O objetivo desses contatos é o retorno de Washington ao "plano de ação" (JCPOA, na sigla em inglês) do qual o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos, mas para o qual seu sucessor Joe Biden deseja retornar.
Para isso, os dois países devem concordar em suspender as sanções restabelecidas por Trump e o concomitante retorno de Teerã ao cumprimento das obrigações que interrompeu em resposta à "pressão dos Estados Unidos".
As três primeiras sessões de negociações foram "sérias" e "construtivas", disse o funcionário que pediu para não ser identificado.
A Rússia mencionou a meta de chegar a um acordo em quinze dias, de modo que a campanha às eleições iranianas de 18 de junho não paralisem as negociações. Washington não descarta essa possibilidade.
"É possível um acordo antes das eleições iranianas? Com certeza, sim", disse o informante. "É viável porque não é necessário inventar um novo acordo, trata-se de ressuscitar aquele que foi maltratado", acrescentou.
No entanto, ele afirmou que a grande questão continua sendo a vontade dos líderes iranianos.
"Se o Irã tomar a decisão política de que deseja sinceramente retornar ao JCPOA original, esse retorno poderá se desenvolver muito rapidamente", disse ele.
WASHINGTON