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Estado de Minas LIMA

Polícia peruana investiga assassinato de missionária italiana


29/04/2021 20:02 - atualizado 29/04/2021 20:15

A polícia peruana investiga nesta quinta-feira (29) o assassinato de uma missionária laica católica italiana enquanto dormia em sua casa no norte do Peru, o que foi classificado pelo papa Francisco como um "injustificável episódio de violência".

"Estamos realizando com a polícia as investigações do caso que poderão demorar uma semana ou vários dias", declarou nesta quinta-feira à AFP uma fonte da promotoria, que pediu anonimato. "Os responsáveis ainda não foram determinados", completou.

A missionária Nadia de Munari, de 50 anos, que servia como missionária no Peru há três décadas, ficou gravemente ferida no ataque com um facão ou martelo em seu dormitório em uma casa de abrigo em 21 de abril. Ela morreu no hospital no sábado.

O fato ocorreu em Nuevo Chimbote, uma cidade costeira localizada 400 km ao norte de Lima, onde De Munari fazia parte da Operação Mato Grosso, que ajudava centenas de crianças e adolescentes pobres.

A agressão aconteceu enquanto a missionária dormia em seu quarto no terceiro andar da casa em que vivia, cujos outros moradores não perceberam o ataque até a manhã.

- Repatriação -

A embaixada da Itália em Lima informou "que nas próximas horas os restos mortais da missionária serão repatriados para a Itália" para serem entregues a familiares.

O papa expressou sua "forte desaprovação deste novo e injustificável episódio de violência, que se soma a tantos outros em que missionários perderam suas vidas enquanto realizavam seu serviço com abnegação ao serviço do Evangelho e de assistência aos mais necessitados e indefesos".

Francisco enviou esta mensagem em espanhol ao Bispo de Chimbote, Ángel Francisco Simón Piorno, por meio da Nunciatura Apostólica de Lima.

"Este caso terá repercussão internacional, porque o que foi feito com ela não tem nome", declarou o bispo Piorno, que realizou um culto para a missionária na quarta-feira com a presença de centenas de vizinhos.

"Ela alimentou gratuitamente as crianças e mães com recursos limitados, fez um trabalho social permanente em favor dos mais necessitados da região, por isso não se compreende o ataque selvagem", lamentou um vizinho.

"A estrangeira de 50 anos que veio a Nuevo Chimbote para ajudar os mais pobres deixou nossas terras em um caixão", criticou o jornal Diario de Chimbote. "Enquanto a polícia não capturar os assassinos, todos seremos culpados", sentenciou.


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