"Devemos à Turquia o respeito por declarar nossas divergências de forma clara, direta e honesta, como esperamos e antecipamos o mesmo da Turquia", disse Blinken em uma mesa redonda sobre liberdade de imprensa internacional, em resposta a uma pergunta de um jornalista turco.
No sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, desafiou décadas de pressão turca e classificou os assassinatos em massa de armênios pelo Império Otomano como "genocídio", levando Ancara a convocar o embaixador dos EUA.
Blinken observou que Joe Biden comunicou a decisão ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan por telefone para que "não houvesse surpresas", e concordou em se encontrar com ele em junho em paralelo a uma cúpula da Otan.
"Estou muito esperançoso de que possamos encontrar um caminho positivo a seguir", disse Blinken, expressando sua esperança de que os dois países trabalhem "juntos" e aprofundem sua cooperação.
Biden já chamou Erdogan de autocrata e as relações já haviam sido prejudicadas desde que a Turquia, membro da Otan, comprou sistemas de defesa aérea S-400 da Rússia, o principal adversário da aliança.
Os Estados Unidos pediu repetidamente para que a Turquia se livre dos S-400, considerando a compra uma decisão "perigosa", para a qual apoiou uma lei aprovada pelo Congresso em 2017 que impõe sanções contra terceiros países por compras "significativas" de armas russas.
WASHINGTON