"Nossa economia é forte, robusta e está preparada para um novo começo", depois de um retrocesso histórico de 4,9% em 2020, disse o ministro da Economia, Peter Altmaier.
Para 2022, o governo calcula que o crescimento será de 3,6%, o que permitirá um retorno da maior economia europeia aos níveis prévios à crise.
As novas projeções são baseadas na "hipótese de que as restrições poderão ser flexibilizadas no segundo trimestre", destacou o ministério.
O país fechou cafés, bares, restaurantes, locais culturais e de lazer em novembro. Muitas lojas permanecem fechadas desde dezembro.
Estas medidas provocaram um freio considerável na maior economia europeia, que teria registrado queda de 1,8% do PIB no primeiro trimestre, segundo as previsões dos principais institutos econômicos.
Mas a vacinação está em ritmo acelerado, após um início lento, e isto permite prever uma saída da crise. Quase 25% da população já recebeu a primeira dose e 7,2% estão completamente imunizados.
Berlim espera que, após o fim das restrições, aconteça uma "retomada clara da economia local e do consumo privado".
O governo celebrou a "boa conjuntura industrial e o contexto internacional, que também representam um impulso".
Mas é sobretudo o setor industrial, pilar do modelo econômico alemão, que alimenta o otimismo.
O setor, muito dependente das exportações, se beneficia da recuperação mundial, especialmente da China e dos Estados Unidos.
"A indústria continua funcionando a todo vapor", disse à AFP Carsten Brzeski, analista do banco ING.
A produção industrial registrou dois meses de queda em janeiro e fevereiro devido aos "efeitos excepcionais" relacionados com o Brexit, mas os números de março devem ser positivos, destaca o analista.
E o setor será beneficiado pelos "planos de estímulo americano e europeu", que ajudarão sua carteira de pedidos.
O governo espera um retorno aos níveis pré-pandemia no mais tardar em 2022.
Mas a crise vai deixar rastros: o potencial de produção do país ficará abalado até 2024, segundo os institutos econômicos.
E os setores mais afetados terão dificuldade para se levantar. A federação de comerciantes HDE calculou recentemente o número de empresas em "perigo" em 120.000.
O ministério da Economia quer prorrogar a ajuda emergencial até o final do ano e examina a possibilidade de dar apoio adicional aos setores mais afetados.
Isto significa que Alemanha será obrigada a deixar a dívida aumentar, após anos de austeridade orçamentária.
BERLIM