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Estado de Minas MINNEAPOLIS

Juiz rejeita moção para absolver policial pela morte de Floyd nos EUA


14/04/2021 19:48 - atualizado 14/04/2021 19:50

O juiz de Minnesota que preside o julgamento de Derek Chauvin rejeitou, nesta quarta-feira (14), uma moção apresentada pela defesa para absolver o ex-policial acusado de matar George Floyd no ano passado, depois que um legista aposentado, que serviu como testemunha, disse que ele morreu de ataque cardíaco e uso de drogas.

Ao apresentar a moção, o advogado de defesa Eric Nelson disse que os promotores não conseguiram provar sua tese contra Chauvin, um homem branco de 45 anos, além de uma dúvida razoável e que ele deveria ser absolvido.

Chauvin é acusado de assassinato em segundo grau e homicídio culposo na morte de Floyd.

Mas o juiz do condado de Hennepin, Peter Cahill, rejeitou o pedido.

"O pedido de absolvição foi negado", disse ele.

As imagens da prisão e morte de George Floyd em 25 de maio de 2020 geraram protestos contra a injustiça racial e a brutalidade policial nos Estados Unidos e em todo o mundo.

Gravadas por um transeunte, mostram Chauvin ajoelhado sobre o pescoço de Floyd por nove minutos enquanto o afro-americano, de 46 anos, que está algemado no chão, diz repetidamente "não consigo respirar".

-Variedade de testemunhas-

Os promotores convocaram quase 40 testemunhas durante as duas primeiras semanas do julgamento, incluindo peritos médicos, policiais da ativa e aposentados e transeuntes que testemunharam a prisão.

O juiz Cahill também disse que permitirá que uma potencial testemunha da defesa invoque seu direito da Quinta Emenda de não testemunhar.

Trata-se de Morries Hall, que estava com Floyd no dia de sua prisão. Sua advogada, Adrienne Cousins, disse ao juiz que seu cliente "não poderia responder a nenhuma pergunta sem se incriminar".

Eric Nelson pediu ao juiz na segunda-feira que isolasse o júri depois que novos protestos eclodiram em Minneapolis pela morte de um homem negro de 20 anos nas mãos da polícia.

O juiz negou o pedido e disse que o júri será realizado após as alegações finais, que são esperadas na segunda-feira.

- Drogas e problemas pré-existentes-

Peritos médicos convocados pela acusação concluíram que a morte de Floyd foi causada por um "baixo nível de oxigênio" devido à pressão exercida em seu pescoço por Chauvin enquanto estava imobilizado e algemado no solo.

O advogado de Chauvin sugeriu que Hall deu drogas ilegais a Floyd e que sua morte foi devido ao uso de fentanil e metanfetamina, bem como a problemas de saúde subjacentes.

Segundo o depoimento de David Fowler, patologista forense aposentado convocado pela defesa, Floyd morreu de parada cardíaca causada por doença cardíaca, uso de drogas ilegais e outros fatores. Isso contradiz o veredicto de vários especialistas médicos colocados no banco da acusação.

Fowler, ex-legista-chefe do estado de Maryland, disse não acreditar que Floyd morreu de hipóxia e classificaria sua morte como "indeterminada".

"Eu voltaria à categoria de indeterminado neste caso particular. Um dos usos desta classificação particular é quando há tantos mecanismos potenciais em conflito, quando a forma não é clara", explicou.

Sua consideração é que Floyd teve um "estreitamento significativo de todas as artérias coronarianas".

"O Sr. Floyd morreu de arritmia cardíaca devido a doença vascular aterosclerótica hipertensiva durante a imobilização", disse ele, ressaltando que o fentanil e a metanfetamina ingeridos por Floyd contribuíram para as causas, juntamente com "o papel potencial do monóxido de carbono" que saiu do tubo de escape de um carro patrulha com o motor ligado ao lado do qual foi imobilizado.

Embora não acredite que morreu por causa do vazamento de gás, ele considera que foi um fator potencial para sua morte.

Chauvin, um veterano de 19 anos do Departamento de Polícia de Minneapolis, pode pegar até 40 anos de prisão se for condenado pela acusação mais grave: assassinato em segundo grau.

A condenação por qualquer das acusações contra Chauvin exigirá do júri - composto de nove mulheres e cinco homens - unanimidade. O agente foi expulso da polícia após o caso Floyd.


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