"Os Estados Unidos condenam a campanha promovida pela China nas redes sociais e o boicote de empresas e consumidores a marcas americanas, europeias e japonesas", declarou Jalina Porter, porta-voz do Departamento de Estado. "Elogiamos e apoiamos as empresas que aderem às leis americanas e garantem que os produtos que consumimos não sejam fabricados por meio de trabalho forçado."
Segundo estudos publicados por institutos dos Estados Unidos e da Austrália e rejeitados por Pequim, existem pelo menos 1 milhão de uigures internados em "campos" em Xinjiang, onde alguns deles são submetidos a "trabalhos forçados", principalmente em plantações de algodão. Marcas internacionais de vestuário, como H&M;, Nike, Adidas e Uniqlo, comprometeram-se no ano passado a boicotar o algodão daquela região chinesa, que representa quase um quinto da produção mundial e abastece gigantes do setor.
Os comunicados dessas empresas reapareceram esta semana na rede social chinesa Weibo, o que gerou polêmica. A sueca H&M;, primeira marca em que a China mirou, teve seus produtos retirados dos principais pontos de venda eletrônicos chineses anteontem. As lojas físicas, no entanto, permanecem abertas.
A polêmica aumentou ontem, com o anúncio de atores e cantores chineses encerrando seus vínculos com Nike, Adidas, Uniqlo, Converse e Calvin Klein, marcas das quais eram embaixadores.
WASHINGTON