A massa de ar frio que paralisou partes do sul e centro dos Estados Unidos no início da semana deixou mais de 70 mortos, milhões temporariamente sem energia e ainda congelou o sistema de fornecimento de água.
"Tudo o que aconteceu esta semana era previsível e evitável", afirmou o prefeito de Houston, Sylvester Turner, ao programa "Face the Nation" da CBS, dizendo que há muito tempo estava claro que a rede elétrica independente no Texas era vulnerável a condições climáticas extremas.
Turner disse que Houston, a quarta maior cidade dos Estados Unidos, ainda precisa de materiais de encanamento e encanadores, mas está progredindo na restauração do serviço.
Tanto Houston quanto Galveston suspenderam no domingo as ordens para que os residentes fervessem a água antes de consumi-la.
Mas cerca de 28 mil residências permaneciam sem eletricidade no domingo, segundo o site poweroutage.us, e muitos texanos sofriam ainda com outro problema: contas de energia elétrica chegando em alguns casos a milhares de dólares.
O governador Greg Abbott se reuniu com legisladores no sábado para discutir o problema das cobranças e disse: "Temos a responsabilidade de proteger os texanos de picos em suas contas de energia."
Turner, por sua vez, declarou que "esses custos exorbitantes (deveriam ser) arcados pelo estado do Texas, e não pelos consumidores individuais que não causaram esta catástrofe."
O presidente Joe Biden emitiu no sábado uma declaração de desastre para grande parte do estado, fornecendo uma ajuda financeira e administrativa extremamente necessária.
Sua porta-voz, Jen Psaki, disse no domingo que Biden esperava visitar o Texas "já nesta semana" caso possa fazê-lo sem interferir nos esforços de recuperação.
Michael McCaul, um congressista republicano do Texas, afirmou que o impacto financeiro da crise climática pode ser igual ao do furacão Harvey, que em 2017 causou danos estimados em 125 bilhões de dólares.
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HOUSTON