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Estado de Minas PANAMÁ

Presidente do Panamá exige justiça por supostos abusos de crianças em abrigos


17/02/2021 22:55 - atualizado 17/02/2021 23:01

O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, pediu nesta quarta-feira (17) que seja esclarecido o caso de supostos abusos de crianças em abrigos supervisionados pelo Estado, um escândalo que também foi criticado pela Igreja panamenha.

"Identificar os autores, determinar responsabilidades e aplicar as sanções drásticas contempladas pela nossa legislação", disse o presidente, que afirmou sentir "dor" e "indignação" pelo alegado abuso de menores.

"Os autores dos crimes cometidos contra os direitos das meninas, meninos e adolescentes devem ser punidos com o máximo rigor da lei, sem meias medidas", continuou.

Poucas horas antes, o arcebispo do Panamá, José Domingo Ulloa, havia dito que o suposto estupro de crianças em mais de uma dezena de abrigos estaduais era "um grito que clama aos céus".

A indignação ocorre após uma investigação de uma subcomissão da Assembleia Nacional do Panamá.

De acordo com as investigações, desde 2017 dezenas de crianças sofreram supostos abusos sexuais, agressões físicas e verbais, abortos forçados e más condições de vida em pelo menos 14 abrigos. Entre os afetados estariam pessoas com deficiência intelectual.

"Como sociedade, devemos lutar para que esse tipo de flagelo não se repita em lugar nenhum", disse Ulloa.

"O problema é grave e não podemos ignorá-lo, muito menos olhar para outro lugar", continuou Ulloa durante a missa da Quarta-feira de Cinzas na Basílica Menor Dom Bosco, na Cidade do Panamá.

Cerca de 1.000 crianças vivem no Panamá nesses centros destinados a atenção, proteção e cuidado de menores órfãos ou de famílias com alto risco social.

Os abrigos são supervisionados pela Secretaria Nacional da Criança, do Adolescente e da Família (Senniaf), órgão público descentralizado e com diretoria de diversos ministros. Alguns são administrados por várias organizações civis e religiosas.

Durante sua mensagem, Cortizo pediu o aumento das penas para crimes sexuais contra menores e pediu a entidades governamentais que se apresentassem como denunciantes no caso.

"Nos enche de profunda tristeza saber de possíveis maus-tratos e abusos" nesses abrigos, disse Ulloa. É "inaceitável", "repreensível" e "um grito que clama ao céu e a toda a sociedade", acrescentou.

A promotoria panamenha já abriu uma investigação sobre o escândalo, que gerou protestos e chocou o país centro-americano.

"É uma situação muito grave", lamentou o promotor-chefe do Panamá, Eduardo Ulloa, esta semana, após receber o relatório de 700 páginas com as denúncias.

"Estamos falando de pessoas que afetaram e violaram menores", lembrou a deputada Kayra Harding.


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