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Estado de Minas RENEGOCIAÇÕES

EUA e Europa acionam Irã por acordo atômico

Urgência ressurge em meio a suspeitas de que Teerã trabalha para desenvolvimento de uma bomba nuclear


07/02/2021 04:00

Autoridades iranianas visitam usina na região central do país: alegação é de uso para fins pacíficos(foto: ORGANIZAÇÃO ATÔMICA DO IRÃ/AFP)
Autoridades iranianas visitam usina na região central do país: alegação é de uso para fins pacíficos (foto: ORGANIZAÇÃO ATÔMICA DO IRÃ/AFP)

 
Inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) encontraram novas evidências de atividade nuclear no Irã. Diplomatas foram informados sobre a descoberta. Segundo eles, amostras retiradas de dois locais inspecionados pela Agência Internacional de Energia Atômica da ONU continham vestígios de material radioativo ainda não identificado. Os sinais levantam questionamentos a respeito da possibilidade de o país estar trabalhando em armas nucleares. O Irã ainda não se manifestou.
 
Agora, Europa e Estados Unidos estão em uma corrida contra o tempo para salvar o acordo nuclear com os iranianos, ameaçado pelos avanços de Teerã para obter a capacidade de desenvolver a bomba atômica.
 
"O tempo é curto." A observação é repetida desde a decisão de Teerã, em janeiro, de dar um novo passo adiante no enriquecimento de urânio, uma violação a seus compromissos, enquanto se aproxima um novo prazo importante para o futuro do acordo.
 
"Há uma certa urgência", declarou durante a semana o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price. "O Irã está em processo de adquirir uma capacidade nuclear", advertiu o chanceler francês Jean-Yves Le Drian.
 
No ano passado, o Irã vetou a inspeção desses locais pela ONU por um período de sete meses. Na época, autoridades negaram a tentativa de construir uma bomba nuclear e afirmaram que todas as atividades nessa área eram direcionadas para fins pacíficos, como geração de energia e saúde. Nos últimos meses, contudo, o país intensificou esses trabalhos, rompendo limites do acordo nuclear selado em 2015 com os Estados Unidos, potências europeias, Rússia e China.
 
O movimento ganhou força um ano depois que o governo Trump encerrou o acordo, em maio de 2018, e retomou as sanções ao Irã, até então suspensas. Todos os olhares estão voltados agora para a nova administração americana, do presidente Joe Biden, que afirma estar disposta a retornar ao acordo, mas com uma condição: que Teerã encerre todas as violações antes. Os iranianos, no entanto, pedem o fim das sanções primeiro para depois acabar com as violações.

SEM INSPEÇÃO De 2019 para cá, grandes potências têm pedido que o Irã coopere com as investigações da agência da ONU, cuja função é garantir que o material nuclear usado para fins civis não seja desviado para armas nucleares. Nesse sentido, o Irã deve declarar todo o material nuclear do país como parte das suas obrigações internacionais. No ano passado, contudo, os estados-membros do conselho da agência votaram pela censura ao Irã por não cooperar. Na ocasião, o país rejeitou a medida e foi apoiado pela Rússia e pela China.


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