- ONU
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou de modo "veemente" no domingo a detenção, por parte do Exército, de Aung San Suu Kyi e de outros dirigentes políticos.
"A declaração de transferência de todos os poderes legislativos, executivos e judiciais aos militares (...) representa um duro golpe para as reformas democráticas em Mianmar", afirmou.
- China
A China pediu nesta segunda-feira a todas as partes envolvidas em Mianmar para "resolverem suas diferenças" no marco legal e constitucional.
"Esperamos que todas as partes envolvidas em Mianmar resolvam suas diferenças no âmbito da Constituição e das leis para manter a estabilidade política e social", declarou Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia chinesa.
- Estados Unidos
"O governo dos Estados Unidos se opõe a qualquer tentativa de alterar o resultado das recentes eleições, ou de impedir a transição democrática em Mianmar, e adotará ações contra os responsáveis, caso estas medidas não sejam revertidas", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em um comunicado.
O secretário de Estado, Antony Blinken, pediu a "libertação de todos os funcionários do governo e dos líderes da sociedade civil, assim como o respeito à vontade do povo de Mianmar tal e como se expressou nas eleições democráticas de 8 de novembro".
- Rússia
"Seguimos muito atentamente e analisamos a situação em Mianmar", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "É muito cedo para fazer uma avaliação", completou.
- União Europeia
As principais autoridades da União Europeia condenaram nesta segunda-feira o golpe.
"Condeno com firmeza o golpe em Mianmar. O governo legítimo deve ser restituído, de acordo com a Constituição do país e as eleições de novembro", afirmou no Twitter a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, publicou na mesma rede social uma mensagem similar, na qual pede aos militares "que libertem todos os detidos ilegalmente em operações em todo país".
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, também condenou o golpe e lamentou a "tentativa dos militares de reverterem o desejo dos cidadãos de Mianmar".
"O presidente Win Myint, a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi e todos aqueles que foram detidos devem ser liberados de forma imediata e incondicional", destacou Borrell.
- França
A França pediu "respeito ao resultado da votação birmanesa" e disse que o governo está examinando a situação "com os sócios no âmbito da entidades internacionais", afirmou o porta-voz do governo, Gabriel Attal.
- Alemanha
O ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, "condena com veemência" o golpe de Estado e as detenções. Ele pediu aos militares que "libertem imediatamente os membros do governo e do Parlamento detidos" e que reconheçam o resultado das eleições.
- Reino Unido
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou o golpe e exigiu a libertação dos "dirigentes civis".
"Condeno o golpe de Estado em Mianmar e a detenção ilegal de civis, incluindo Aung San Suu Kyi", escreveu Johnson no Twitter.
- Itália
A Itália "condena firmemente a onda de detenções" e pede "a libertação imediata" de todos os dirigentes detidos, anunciou o Ministério das Relações Exteriores.
"Estamos preocupados com esta interrupção brutal do processo de transição democrática", destacou, antes de insistir em que o resultado das eleições "deve ser respeitado".
- Espanha
O chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, afirmou no Twitter que a "Espanha condena o golpe de Estado" e pediu "a imediata libertação de todas as pessoas detidas e o restabelecimento do processo democrático".
"A Constituição e os resultados eleitorais devem ser respeitados", frisou.
- Grécia
O Ministério das Relações Exteriores expressou "grande preocupação" e pediu a "libertação imediata de Aung San Suu Kyi e dos outros líderes políticos detidos, assim como o respeito da vontade democrática do povo".
- República Tcheca
O ministro tcheco das Relações Exteriores, Tomas Petricek, tuitou que seu país "condena" o golpe de Estado, "apoia os dirigentes legítimos" birmaneses e "pede sua libertação imediata", ao mesmo tempo em que reclama o "respeito dos resultados das eleições".
- Finlândia
Ao citar uma situação "extremamente preocupante", o chefe da diplomacia finlandesa, Pekka Haavisto, declarou ao jornal Helsingin Sanomat que "está claro que os problemas do país não serão solucionados com um golpe de Estado militar" e reclamou "a libertação dos líderes políticos detidos".
- Suécia
A ministra sueca das Relações Exteriores, Ann Linde, condenou o golpe de Estado e pediu ao Exército que "respeite o Estado de direito", assim como os resultados das eleições, e exigiu a libertação "imediata e incondicional" de todos os dirigentes civis.
- Dinamarca
O ministro dinamarquês da Relações Exteriores, Jeppe Kofod, "condena energicamente" o golpe, pede "a todas as partes que respeitem os resultados das eleições democráticas" e solicita a libertação de "todos os líderes civis e funcionários do governo". Ele acrescentou, em uma mensagem, que o "Exército controlado por civis é um princípio democrático-chave".
- Noruega
"Condenamos os acontecimentos de hoje em Mianmar", tuitou a ministra norueguesa das Relações Exteriores, Ine Eriksen Søreide.
"Pedimos à cúpula militar que se atenha às normas democráticas e respeite o resultado das eleições. Os políticos eleitos democraticamente devem ser liberados".
- Turquia
O governo turco, que foi objeto de uma tentativa de golpe em 2016, "condena firmemente a tomada de poder por parte do Exército birmanês" e deseja "a libertação imediata dos dirigentes eleitos, dos líderes políticos e dos civis detidos", segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores. Também espera que o acontecimento "não piore a situação dos rohingyas que vivem em duras condições em Mianmar".
- Canadá
O Exército birmanês "escreveu a Constituição desta maneira para poder fazê-lo", afirmou Bob Rae, embaixador do Canadá nas Nações Unidas.
"A Constituição de 2008 foi concebida especificamente para garantir que o poder militar permaneça profundamente arraigado e protegido", completou.
- Bangladesh
"Como vizinho imediato e amistoso, gostaríamos de ver paz e estabilidade em Mianmar", afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh, um país que recebe centenas de milhares de refugiados rohingyas procedentes de Mianmar. "Esperamos que o processo democrático e os dispositivos constitucionais sejam mantidos em Mianmar".
- Austrália
"Pedimos ao Exército que respeite o Estado de direito, para resolver as diferenças com mecanismos legais e liberar imediatamente todos os dirigentes da sociedade civil e outras pessoas detidas ilegalmente", declarou a ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne.
- Japão
O Ministério japonês das Relações Exteriores pediu a libertação de Aung San Suu Kyi e que o Exército nacional "restaure rapidamente o sistema político democrático".
- Índia
"Observamos com muita preocupação os fatos em Mianmar. A Índia sempre deu apoio constante ao processo de transição democrática em Mianmar. Pensamos que o Estado de direito e o processo democrático devem ser respeitados", afirma um comunicado do Ministério indiano das Relações Exteriores.
- Singapura
O Ministério das Relações Exteriores de Singapura manifestou "grande preocupação" com a situação em Mianmar e disse esperar que todas as partes "apresentem sinais de moderação".
YANGON