Eric Schwam, falecido em dezembro, não esqueceu em seu testamento do povoado de Chambon-sur-Lignon, no sudeste da França, que receberá uma quantidade "importante" de fundos, explicou o prefeito, Jean-Michel Eyraud, sem dar detalhes sobre o valor.
A ex-prefeita da cidade, Éliane Wauquiez-Motte, mencionou à imprensa local que a quantidade estaria perto dos "dois milhões de euros" (2,4 milhões de dólares).
Chambon-sur-Lignon, onde vivem cerca de 2.700 pessoas, e os povoados da região têm uma importante tradição de receber pessoas que fugiram de perseguições religiosas e políticas desde o século XVI até os judeus perseguidos pelos nazistas ou os republicanos espanhóis durante a Guerra Civil.
Schwam e sua família viveram de 1943 a 1950 em uma escola de lá e os dois primeiros anos, até o fim da guerra, literalmente escondidos.
O jovem estudou farmácia, se casou com uma mulher católica francesa e trabalhou em um laboratório, disse o prefeito da cidade.
Em seu testamento, especifica que quer que o dinheiro sirva para projetos educativos e de apoio à juventude.
Cerca de 2.500 judeus foram protegidos pelos habitantes desta cidade, que recebeu o reconhecimento de "Justos entre as nações", concedido pelo Museu do Holocausto de Jerusalém aos civis que arriscaram suas vidas para salvar os judeus.
SAINT-ÉTIENNE