O presidente da Argélia, Abelmadjid Tebboune, apareceu neste domingo diante das câmeras da televisão pública pela primeira vez em dois meses, período em que passou a maior parte do tempo hospitalizado na Alemanha para tratamento por covid-19.
"Estou convalescente. Ainda preciso de duas ou três semanas para recuperar minha força física", disse Tebboune, de 75 anos, consideravelmente mais magro, durante um "discurso ao povo" um dia depois do primeiro aniversário de sua vitória eleitoral.
O chefe de Estado, cuja prolongada ausência alimentou boatos e desinformação, prometeu que retornará "o mais rápido possível" a estar entre os argelinos.
Sua última aparição pública aconteceu em 15 de outubro.
Em várias oportunidades, as autoridades argelinas anunciaram o retorno "iminente" do presidente ao país, depois da internação na Alemanha.
Em 24 de outubro, Tebboune, fumante inveterado, entrou voluntariamente em confinamento, depois de ter contato com funcionários que testaram positivo para covid-19. Quatro dias depois ele foi internado em um hospital da Alemanha.
Tebboune chegou ao poder em 12 de outubro de 2019 com um discurso reformista, mas hoje representa um país estagnado, um retorno ao passado depois das esperanças provocadas pelo movimento de protesto "Hirak".