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Estado de Minas

ONU e Opaq rejeitam declaração incompleta sobre armas químicas da Síria


11/12/2020 19:07

A ONU e a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) criticaram nesta sexta-feira, durante videoconferência do Conselho de Segurança, as declarações incompletas da Síria sobre suas armas químicas, enquanto a Rússia, aliada de Damasco, denunciou o que considera "especulação" e pressão do Ocidente.

A secretaria técnica da Opaq "segue avaliando que, devido às lacunas, incoerências e discrepâncias não resolvidas, a declaração apresentada pela Síria não poder ser considerada exata e completa segundo a Convenção sobre as Armas Químicas", declarou Izumi Nakamitsu, alto representante das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento.

Uma das 19 questões a serem resolvidas "refere-se a uma instalação de produção de armas químicas declarada pela Síria como nunca usada", informou o diretor da Opaq, Fernando Arias. Embora não tenha especificado sua localização, o funcionário afirmou que, desde 2014, foram encontradas evidências do uso da instalação.

Os investigadores da Opaq acusaram o regime de Bashar al-Assad de realizar ataques com gás sarin e cloro em 2017 na Síria, que, juntamente com a Rússia, negou as acusações, alegando que as potências ocidentais politizaram o trabalho da organização. "Rejeitamos as especulações e campanhas de desprestígio político que, lamentavelmente, envenenam cada vez mais a Opaq", declarou o embaixador russo na ONU, Vasili Nebenzia, criticando os métodos de trabalho da instituição: "Em vez de colherem amostras no local, a secretaria técnica investiga à distância, baseando-se em informações externas."

Em declaração conjunta antes da reunião, os membros europeus do Conselho de Segurança (Alemanha, Bélgica, Estônia, França e Reino Unido) expressaram "pleno apoio" à Opaq, destacando o "profissionalismo, imparcialidade e perícia" da mesma. Os Estados Unidos também apoiaram a organização.

Rússia e Síria são pressionadas há meses pela ONU e Opaq para esclarecer os ataques químicos na Síria e o envenenamento de cidadãos russos.


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