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Estado de Minas

Países adotaram medidas preocupantes para os direitos humanos durante a pandemia


09/12/2020 06:55

Seis em de cada 10 países do mundo adotaram medidas problemáticas em termos de direitos humanos ou de normas democráticas para enfrentar a pandemia de coronavírus, afirma um relatório publicado nesta quarta-feira (9) pela ONG International IDEA.

O estudo, que envolve quase todos os países do mundo, conclui que 61% das nações adotaram medidas consideradas "ilegais, desproporcionais, sem limite de tempo ou desnecessárias" em ao menos uma esfera relativa às liberdades democráticas.

Para os regimes considerados democráticos, 43% estão nesta categoria, enquanto o percentual alcança 90% para os regimes autoritários, segundo a ONG, com sede em Estocolmo, especializada no estado da democracia no mundo.

As conclusões eram previsíveis para os regimes autoritários, mas "o que é mais surpreendente é que tantas democracias tenham adotado medidas que são problemáticas", afirmou à AFP o secretário-geral da ONG, Kevin Casas-Zamora.

A Índia - uma democracia - lidera a classificação mundial, com medidas consideradas "preocupantes" em nove dos 22 âmbitos examinados (liberdade de movimento, de expressão, de imprensa, entre outras). Na sequência aparecem Argélia e Bangladesh (8), seguidas por China, Egito, Malásia e Cuba (7).

A Rússia é a primeira nação europeia, com seis áreas de preocupação, assim como a Arábia Saudita, Mianmar, Jordânia, Sri Lanka e Zimbábue.

A ONG examinou as diferentes medidas adotadas em todo o mundo para determinar se eram problemáticas, de um ponto de vista puramente democrático e sem considerar a eficácia para o sistema de saúde.

Na União Europeia cinco países são mencionados: Bulgária (3 áreas), Hungria e Polônia (2), Eslováquia e Eslovênia (1).

Entre as grandes democracias ocidentais, apenas Estados Unidos está citado em duas áreas. Israel (5) e Argentina (2) também são mencionados.

As restrições à liberdade de imprensa em nome da luta contra a desinformação, a mobilização de militares para aplicar as regras, campos para internar pacientes, corrupção em contratos de fornecimento na área da saúde e o tratamento dos migrantes estão entre as medidas preocupantes citadas por Casas-Zamora.

Entre os países citados como modelo, com bons resultados de saúde e respeito à democracia, estão Islândia, Finlândia, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Taiwan, Uruguai, Chipre, Japão, Senegal e Serra Leoa.


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