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Estado de Minas

Toque de recolher na Itália se soma à luta europeia para conter o coronavírus


04/11/2020 18:07

A Itália impôs um toque de recolher a partir de quinta-feira para combater a segunda onda de coronavírus, que está se expandindo em um ritmo alarmante na Europa e obrigou um reconfinamento geral na França e na Inglaterra e parcial em Portugal.

A pandemia de covid-19 causou pelo menos 1,2 milhão de mortes e infectou mais de 47 milhões de pessoas no mundo, de acordo com o balanço da AFP desta quarta-feira (4) feito com dados oficiais.

A Europa, com mais de 11 milhões de casos - metade na Rússia, França, Espanha e Reino Unido - é a região onde o vírus avança mais rapidamente.

Na Itália, ainda traumatizada pela primeira onda de pandemia na primavera, o primeiro-ministro Giuseppe Conte estabeleceu um toque de recolher em todo o país das 22h às 05h, a partir de quinta-feira até 3 de dezembro.

A Itália registrou mais de 39.000 mortes e mais de 750.000 casos e tenta conter as infecções sem decretar por enquanto o confinamento total por medo do impacto econômico.

As 20 regiões da Itália serão divididas em zonas verde, laranja e vermelha, dependendo da gravidade da situação epidemiológica, e nas quais medidas mais ou menos restritivas serão aplicadas, como o fechamento de comércios e museus.

- EUA entre o luto e as eleições -

O vírus atingiu com especial fúria os Estados Unidos, com mais de 232 mil mortes. O país, onde a gestão da pandemia tem uma especial importância, aguarda ansiosamente nesta quarta-feira o resultado das eleições presidenciais.

Depois dos Estados Unidos, os países com mais mortos são o Brasil (mais de 160.000), a Índia (123.000), o México (92.500) e o Reino Unido (47.200).

A América Latina e o Caribe continuam sendo as regiões mais afetadas, com mais de 404.000 mortes e 11,3 milhões de infecções, embora a pandemia apresente sinais de enfraquecimento regional nas últimas semanas.

Em proporção à sua população, Peru e Bélgica são os países mais atingidos do mundo, com 105 mortes por 100.000 habitantes.

Nesta semana, 13 dos 32 estados mexicanos vão aderir aos ensaios clínicos da fase três da vacina contra o coronavírus do laboratório chinês CanSinoBio, com a participação de 10.000 a 15.000 voluntários.

De acordo com o governo mexicano, entre 30 mil e 40 mil voluntários do Chile, Argentina, Arábia Saudita, Paquistão, Rússia e China participam da fase três de testes - a etapa anterior à sua autorização.

Cuba registrou 109 novos casos de covid-19 nesta quarta-feira, um número recorde em uma pandemia de sete meses, impulsionada por 36 casos "importados", de cubanos que retornaram recentemente ao seu país, segundo as autoridades.

- Esperança no Natal -

Na Europa, depois da França, onde o balanço da pandemia ultrapassou 400 mortes em 24 horas, o Reino Unido se prepara para um confinamento nesta quinta-feira e que, segundo o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, terminará no dia 2 de dezembro.

"Estamos muito esperançosos de que seremos capazes de colocar o país de volta aos trilhos nas vésperas do Natal", disse ele.

Lojas não essenciais na Inglaterra terão que fechar, enquanto restaurantes, pubs e cafés só poderão fazer entregas.

A Espanha ultrapassa 1,2 milhão de casos e 36.500 mortes. O governo espanhol está sob pressão para seguir o exemplo de outros países europeus e aplicar uma quarentena para impedir a segunda onda do coronavírus.

No Vaticano, o papa Francisco teve que retornar a conduzir suas audiências de quarta-feira virtualmente, de sua biblioteca, sem a presença de fiéis e transmitidas em vídeo.

Em Portugal, o reconfinamento afeta 70% de uma população de quase 10 milhões de habitantes e permanecerá em vigor por pelo menos duas semanas.

"Se a pandemia exigir, medidas mais severas serão tomadas", alertou o primeiro-ministro Antonio Costa.

A Áustria, onde um ataque islâmico matou quatro pessoas na noite de segunda-feira, agora vive sob toque de recolher noturno e as reuniões privadas são limitadas.

A Dinamarca anunciou que vai abater pelo menos 15 milhões de visons criados em seu território, devido a uma mutação do coronavírus já transmitida a 12 pessoas, e que ameaça a eficácia de uma futura vacina para humanos.

A Polônia anunciou o fechamento de cinemas e lojas nesta quarta-feira e a Hungria adotou um toque de recolher.

Enquanto a maioria dos países europeus aumenta as restrições apesar do crescente descontentamento popular, a Finlândia consegue manter os níveis de contágio (45,7 casos por 100.000 habitantes) cinco vezes abaixo da média da União Europeia (UE), com medidas de semiconfinamento e sistemas eficazes de diagnóstico e rastreamento de vírus.


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