Jornal Estado de Minas

RECORDE

Eleição de 2020 nos EUA é a mais cara da história do país

A disputa pelo controle da Casa Branca e do Senado americano em 2020 se tornou a mais cara da história. De acordo com o Center for Responsive Politics (Centro de Política Responsiva), instituição sem fins lucrativos, foi calculado um gasto de US$ 14 bilhões, que correspondem a quase R$ 80 bilhões. O valor representa mais que o dobro do que foi gasto na última votação, em 2016.





Confira os gastos das últimas quatro eleições nos Estados Unidos:



Estão sendo calculados, neste montante, as eleições para presidente, Senado, Câmara dos Deputados e outros cargos municipais. No entanto, o que gerou um impulso nos gastos políticos este ano foi o investimento na campanha do democrata Joe Biden para derrotar o atual presidente, Donald Trump, do Partido Republicano. O ex-vice presidente de Barack Obama gastou cerca de US$ 6,6 bilhões, cifra superior à soma das despesas contraídas por candidatos à Casa Branca e a cargos parlamentares na eleição passada.

Todo o dinheiro vem de doações para o financiamento da campanha, que reúne desde pequenas quantidades on-line até contribuições de grandes bilionários. As doações representam 22% do dinheiro total arrecadado no ciclo de 2020. Segundo a empresa de rastreamento de anúncios americana, Advertising Analytics, grande parte do valor está sendo investido em anúncios de televisão: cerca de US$ 1,8 bilhão.

Registrada, ainda, uma mudança no eleitorado nesta eleição: mais mulheres estão contribuindo para as corridas federais. Só elas, representam 44% dos doadores, índice que cresceu 7% desde 2016. Elas têm favorecido os democratas: a estimativa é de que US$ 1,3 bilhão foram doados ao partido de Biden; Trump e seus correligionários , por sua vez, receberam US$ 570 milhões.





Senado bate recordes

Segundo o jornal estadunidense The New York Times, oito das 10 disputas mais caras pelo Senado ocorrem em 2020. Na Carolina do Norte, Thom Tills (republicano) e Cal Cunningham (democrata)  gastaram, aproximadamente, US$ 272 milhões (R$ 1,5 bilhão).

E, na disputa entre estes dois grandes grupos, quem tem vantagem financeira são os democratas. Segundo a análise do Center for Responsive Politics, os azuis levantaram US$ 5,5 bilhões em fundos. Vermelhos, por outro lado, conseguiram US$ 3,8 bilhões.



*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra

(foto: Frederic J. BROWN/AFP - 26/10/20)

Acompanhe a apuração nos EUA

Como funciona o Colégio Eleitoral?

Os 538 integrantes do chamado Colégio Eleitoral se reúnem nas respectivas capitais de seus estados a cada quatro anos após a eleição para designar o vencedor. Para vencer, um candidato à presidência deve obter a maioria absoluta dos votos do Colégio: 270. Saiba como funcionam os colégios eleitorais.



Sistema eleitoral complexo é desafio

Pandemia de COVID-19 aumentou votação pelo correio ou antecipado, o que representa um desafio técnico, humano e também legal em milhares de jurisdições. Saiba o que pode dar errado na apuração dos votos nos EUA.

Planos de governo de Trump e Biden

Confira as principais propostas de governo de Trump e Biden para os Estados Unidos e o mundo neste infográfico interativo. Separamos oito assuntos-chave para mostrar quais são os projetos dos republicanos e dos democratas.

O que muda para o Brasil?

Vitória do democrata ou do republicano terá implicações sobre o aprofundamento das relações comerciais bilaterais entre os países, sobre a política externa brasileira e o posicionamento político ideológico de Jair Bolsonaro no âmbito internacional, avaliam especialistas em política externa. Entenda o que muda para o Brasil.