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Estado de Minas

Candida opositora lidera apuração da eleição presidencial na Moldávia


02/11/2020 07:31

A candidata pró-europeia Maia Sandu surpreendeu ao liderar, com uma pequena vantagem sobre o atual presidente, o pró-russo Igor Dodon, a apuração dos votos da eleição presidencial da Moldávia, o que antecipa um segundo turno muito disputado em 15 de novembro.

Após a apuração de 99% das urnas, Sandu, 48 anos, lidera com 35,65% dos votos, contra 32,96% de Dodon, o que altera os resultados parciais anunciados no domingo que apontavam a liderança do presidente, segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC).

"Vocês demonstraram o seu patriotismo e que se importam com o futuro da Moldávia", declarou o presidente, de 45 anos, após a celebração das eleições, que qualificou de "corretas, livres e democráticos".

A opositora Sandu comemorou a alta participação entre os moldavos que moram no exterior, tradicionalmente favoráveis aos candidatos de centro direita.

Esta ex-república soviética de 3,5 milhões de habitantes, situada entre a Romênia e a Ucrânia, sofreu várias crises políticas nos últimos anos.

As forças favoráveis a uma aproximação da Rússia e os partidários de uma integração à União Europeia (UE) têm se alternado no poder, sem chegar a ter uma clara maioria.

O presidente Dodon promete "continuar com a cooperação benéfica com a Rússia, principal parceira estratégica da Moldávia", e o ensino obrigatório do russo nas escolas.

Seu colega russo, Vladimir Putin, o apoiou abertamente e saudou os "esforços realizados" por Dodon para construir relações com Moscou.

Sandu, que foi primeira-ministra entre junho e novembro de 2019, aposta em uma aproximação da Moldávia com a UE e na criação de empregos para conter o êxodo maciço da população ao exterior.

- Rússia ou UE? -

"Estas eleições têm um valor de referendo sobre o mandato de Dodon", diz Valeriu Pacha, do grupo de estudos WatchDog Moldavia.

Segundo ele, os moldavos poderão escolher entre a via da "integração europeia mais intensa - um campo em que a Moldávia registra muitos atrasos" - ou a continuação do regime atual, "totalmente subordinado ao Kremlin".

Considerado um dos países mais pobres da Europa, a Moldávia é conhecida por sua indústria vinícola e por um conflito com separatistas pró-russos na Transnístria, que se separou e 1992 após um rápido conflito. Moscou tem tropas na região desde então.

Em 2014, a Moldávia assinou um acordo de associação com a UE, provocando a ira da Rússia. Em resposta, o Kremlin impôs um embargo às exportações de produtos agrícolas moldavos, um duro golpe para a economia local.

Seis anos depois, apesar de as sanções terem sido suspensas, a UE desbancou a Rússia como o principal parceiro comercial da Moldávia.

Nos últimos anos, importantes escândalos de corrupção entre as elites moldavas puseram em risco a vital ajuda financeira do Ocidente.

"Queremos melhores condições de vida, escolas para as crianças e, sobretudo, paz. Não queremos mais disputas entre os políticos", diz Marin Ioan, aposentado de Soroca (sul).

Antes do primeiro turno, os especialistas falaram na possibilidade de um "cenário" bielorrusso, onde a polêmica reeleição, em agosto, de Alexander Lukashenko gerou um movimento de protesto sem precedentes.

Neste sentido, Moscou acusou os Estados Unidos de querer fomentar uma revolução, seguindo o modelo de Belarus e do Quirguistão, onde também houve protestos.

Foram enviados ao país 2.200 observadores.


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