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Estado de Minas

EUA se recusam a aplaudir indultos de Maduro, que consideram "ações simbólicas"


01/09/2020 17:55

Os Estados Unidos se recusaram nesta terça-feira(01) a aplaudir os indultos concedidos pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro a mais de 100 opositores, classificando-os como "ações simbólicas".

"A restauração de direitos constitucionais que foram ilegalmente eliminados não deve ser aplaudida", disse um porta-voz do Departamento de Estado à AFP.

"Não vamos esquecer que Maduro continua detendo arbitrariamente centenas de presos políticos", acrescentou, pedindo a libertação "imediata e incondicional" de todos eles.

Washington não reconhece a autoridade de Maduro porque considera sua reeleição fraudulenta e exige que Caracas realize "eleições livres e justas".

"Maduro deve levantar a proibição a partidos políticos e candidatos, respeitar a liberdade de expressão e imprensa, acabar com a censura, dissolver seus esquadrões da morte, estabelecer uma comissão eleitoral independente e receber observadores eleitorais internacionais imparciais", informou o Departamento de Estado.

Maduro indultou 110 opositores na segunda-feira, incluindo deputados e colaboradores do chefe parlamentar e líder da oposição Juan Guaidó, "para promover a reconciliação nacional".

A lista inclui deputados cuja imunidade foi levantada e parlamentares com processos judiciais abertos que se encontram fora do país.

Boa parte dos indultos foi para opositores sem sentença ou pena de prisão.

O perdão foi concedido quatro meses antes das eleições legislativas de 6 de dezembro, boicotadas pela oposição.

Guaidó, que os Estados Unidos e cerca de 60 países reconhecem como presidente interino da Venezuela, chamou a ação de Maduro de "armadilha".

"Não se indulta inocentes e os que têm imunidade", disse ele no Twitter.

Washington também pediu à Venezuela a liberação de seis ex-executivos da Citgo, subsidiária americana da estatal venezuelana PDVSA, acusada pela justiça venezuelana de estelionato fraudulento, lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes.

O ex-presidente da Citgo José Ángel Pereira e os ex-vice-presidentes Tomeu Vadell, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas, Alirio José Zambrano e José Luis Zambrano, estão detidos desde 21 de novembro de 2017 na Venezuela. Cinco têm dupla nacionalidade americana e venezuelana e o sexto é venezuelano com residência legal nos Estados Unidos.

Bill Richardson, um ex-diplomata dos EUA que gerenciou negociações para detidos de alto nível e semanas conseguiu colocar Cárdenas e Toledo em prisão domiciliar e acredita que a libertação dos executivos seja concretizada.

"A libertação de prisioneiros políticos pelo governo de Maduro é um passo positivo", disse o democrata no Twitter.


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