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Estado de Minas

Racismo: uma longa história de protestos nos esportes dos EUA


28/08/2020 19:55

De Jesse Owens ao Milwaukee Bucks passando por Mohamed Ali e Tommy Smith, grandes atletas realizaram protestos icônicos contra as desigualdades raciais na América de diferentes maneiras.

- Owens desafia Hitler -

Vários atletas se recusaram a participar das Olimpíadas de Berlim de 1936 devido ao surgimento do anti-semitismo na Alemanha, mas não Jesse Owens, disposto a desacreditar a suposta superioridade ariana proclamada por Adolf Hitler. O atleta afro-americano constrangeu Hitler diante de seu "povo" ao receber quatro medalhas de ouro no topo do pódio, incluindo a dos 100 metros.

- Os sete da NYU -

Em novembro de 1940, antes do jogo entre seus times de futebol americano, a Universidade de Missouri pediu à Universidade de Nova York que não escalasse o jogador negro Leonard Bates. A Universidade de Nova York concordou. Depois de uma reunião do conselho estudantil, sete estudantes denunciaram a cumplicidade de sua universidade com essa discriminação. Os alunos foram suspensos por vários meses em 1941, antes de serem homenageados pela Universidade de Nova York... 60 anos depois.

- Jackie Robinson rompe barreiras no beisebol -

Em 1947, Jackie Robinson se tornou o primeiro jogador negro de beisebol a entrar nas grandes ligas, quebrando 50 anos de segregação no chamado "passatempo favorito" da América. Robinson nunca parou de fazer campanha em defesa dos direitos civis.

- Antes dos Bucks, Bill Russell -

Ao visitar Lexington, no Kentucky, para um jogo amistoso em 1961, Bill Russell e os outros jogadores negros do Boston Celtics não foram servidos em um restaurante. Como resultado, eles se recusaram a entrar na quadra boicotando a partida. Russell, que acumulou um recorde de 11 anéis da NBA, também foi seu pioneiro na área do ativismo.

- Ali se nega a se alistar -

Em 1967, Mohamed Ali se recusou a se alistar no Exército dos Estados Unidos para lutar na Guerra do Vietnã, alegando que "nenhum vietnamita jamais me chamou de crioulo". Condenado por "fraude", o boxeador evitou a prisão, mas foi destituído de seu título mundial de peso-pesado e de sua licença esportiva. Ele teve que esperar quase quatro anos antes de poder voltar aos ringues.

- Punhos erguidos no México -

Em 17 de outubro de 1968, no pódio da prova dos 200m dos Jogos Olímpicos da Cidade do México, Tommie Smith e John Carlos ergueram os punhos, usando luvas pretas, durante o hino americano em protesto contra a discriminação racial em seu país.

- "Não consigo respirar" -

"Não consigo respirar" foram as últimas palavras de Eric Garner, sufocado pela polícia durante uma detenção em Nova York, em julho de 2014. Após a absolvição do oficial em dezembro, LeBron James e outros jogadores dos Cleveland Cavaliers da NBA vestiram camisetas com essa frase durante o aquecimento de uma partida. Seis anos depois, George Floyd disse as mesmas palavras antes de morrer, quando um policial de Minneapolis apoiou o joelho sobre seu pescoço por mais de oito minutos, provocando manifestações globais em que participaram vários astros da NBA, como Giannis Antetokounmpo.

- Kaepernick se ajoelha -

No dia 1º de setembro de 2016, o jogador do San Francisco 49ers da Liga de futebol americano (NFL), Colin Kaepernick, se ajoelhou pela primeira vez durante a execução do hino americano em protesto contra a violência policial contra a população negra. Este gesto, imitado por outros companheiros de equipe, lhe custou sua carreira na NFL e insultos do presidente Donald Tump antes de se tornar um símbolo da luta contra a injustiça racial em 2020.

- Boicote dos Bucks -

26 de agosto de 2020 - Indignados com o ataque da polícia contra o afro-americano Jacob Blake em Wisconsin, estado onde tem sua sede, os jogadores do Milwaukee Bucks se recusaram a disputar uma partida do playoff contra o Orlando Magic. Este boicote foi seguido pelos demais jogadores da NBA durante dois dias, assim como times de beisebol, futebol, hóquei no gelo e até mesmo pela tenista japonesa Naomi Osaka, cujo anúncio de retirada forçou o torneio de Cincinnati a interromper suas atividades na quinta-feira.


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