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Estado de Minas

Ex-ministro da Guatemala acusado de corrupção se entrega à Justiça


24/08/2020 20:07

O ex-ministro das Comunicações da Guatemala Alejandro Sinibaldi, fugitivo desde 2016, entregou-se à Justiça local nesta segunda-feira (24). De acordo com uma fonte oficial, ele é acusado de vários casos de corrupção, incluindo um esquema de suborno envolvendo a construtora brasileira Odebrecht.

Sinibaldi se entregou semanas depois que seus advogados "entraram em contato" com Juan Francisco Sandoval, chefe da Promotoria Especial contra a Impunidade (FECI), encarregada da investigação envolvendo o ex-ministro, disse aos jornalistas Oliverio García, ministro do Interior.

García explicou que seu ministério e o Itamaraty, a pedido de Sandoval, realizaram os trâmites de imigração para que Sinibaldi viajasse da Itália à capital do México. Posteriormente, o ex-ministro chegou em outro voo à cidade mexicana de Tapachula para entrar em território guatemalteco nesta segunda-feira.

"Vamos contar a verdade de todas as denúncias", declarou Sinibaldi, ao chegar ao tribunal no centro da capital, usando uma máscara preta de proteção contra o novo coronavírus. Sua chegada ocorreu em meio à um conflito entre dezenas de policiais e jornalistas.

Sinibaldi, ex-candidato presidencial em 2015 pelo extinto Partido Patriota, de direita, foi declarado foragido em julho de 2016, após se envolver no caso "Construção e Corrupção", investigação que revelou um esquema de subornos de empresas privadas para obter a concessão de obras públicas.

Ele também é conhecido por supostamente ter recebido entre 2013 e 2014, quando atuou como ministro das Comunicações, Infraestrutura e Habitação, cerca de 9 milhões de dólares em propina da Odebrecht, em troca da concessão da reforma e ampliação de uma rodovia no sudoeste do país a um custo de 300 milhões de dólares.

Segundo a FECI, Sinibaldi acumula ainda outras suspeitas em três casos de corrupção registrados durante a presidência do general aposentado Otto Pérez (2012-2015).

Pérez está em prisão preventiva desde setembro de 2015, quatro meses antes de deixar o cargo, após a promotoria e a extinta Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (Cicig) o acusarem de liderar um esquema de fraudes na alfândega do país. O ex-presidente aguarda o início do julgamento contra ele, enquanto acumula outras denúncias de corrupção.


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