O presidente americano, Donald Trump, elogiou nesta quarta-feira (19) o magnata da imprensa de Hong Kong Jimmy Lai, detido após a aprovação de uma nova lei de segurança chinesa para o antigo território colonial britânico.
"É, sem dúvida, um homem corajoso. Envio-lhe meus melhores votos", disse Trump a jornalistas na Casa Branca.
Lai é dono de dois jornais críticos ao governo de Pequim e foi detido em 10 de agosto, acusado de "conluio com forças estrangeiras".
O executivo de 71 anos fez parte do grupo de mais de dez pessoas que foram detidas nesse dia, quando 200 agentes de segurança revistaram a redação do jornal Apple Daily, fundado por ele.
A repressão de Pequim causou indignação no Ocidente e atiçou os temores sobre o futuro de qualquer mobilização depois que no ano passado Hong Kong foi sacudida por protestos maciços contra um aumento do controle por parte da China na ex-colônia britânica.
Segundo a nova lei aprovada por Pequim, em vigor desde 30 de junho, os crimes mais graves cometidos em Hong Kong são punidos com a prisão perpétua.
Este mês, os Estados Unidos se retiraram de três acordos bilaterais com Hong Kong sobre extradição e impostos.
O governo Trump assinou uma ordem executiva em julho declarando que depois da aprovação da lei de segurança imposta por Pequim, Hong Kong "já não é suficientemente autônoma para justificar um tratamento diferenciado" do restante da China.