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Estado de Minas

Onze desaparecidos em queda de helicóptero militar em zona rebelde na Colômbia


21/07/2020 18:01

Onze militares estão desaparecidos e seis ficaram feridos após o acidente com um helicóptero Black Hawk, no sudeste da Colômbia, durante uma operação contra um grupo da guerrilha que se marginalizou do processo de paz, informou o Exército nesta terça-feira (21).

No helicóptero estavam 17 militares, "dos quais seis ficaram feridos e outros 11 estão desaparecidos", disse o alto comando em comunicado, sem especificar se a aeronave caiu ou foi abatida.

As autoridades encontraram o helicóptero em um trecho do rio Inírida, no departamento de Guaviare, onde operam os rebeldes das antigas Farc, que continuaram armados após a desmobilização da maior parte dos combatentes após o acordo de paz de 2016.

Segundo o Exército colombiano, a aeronave participava de uma operação contra a chamada dissidência das Farc em uma área onde também existem plantações de drogas.

O dispositivo havia sido relatado como desaparecido anteriormente.

"A comissão da Divisão de Aviação de Assalto Aéreo do Exército Nacional está em vigor, iniciando as investigações correspondentes para determinar as circunstâncias de tempo, maneira e local em que os eventos ocorreram", acrescentou a instituição no texto.

O máximo comandante das Forças Militares, o general Luis Fernando Navarro, viajou até uma base próxima para comandar as "manobras possíveis de se recuperar os desaparecidos".

O governo, através do ministro de Defesa, Carlos Holmes Trujillo, se referiu ao ocorrido como um "acidente aéreo".

Os seis ocupantes que ficaram feridos "já foram resgatados e serão levados a Bogotá para receber cuidados médicos", comentou Trujillo em sua conta no Twitter.

- Uma dissidência poderosa -

Nas margens do Inírida, em uma área estratégica para o narcotráfico, está o que é considerada a dissidência mais poderosa das antigas Farc, sob o comando de "Gentil Duarte".

Com uma longa história na guerrilha, Duarte aderiu às negociações de paz que levaram ao desarmamento da organização.

No entanto, ele deixou o acordo com o governo do ex-presidente e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Juan Manuel Santos (2010-2018), e atualmente trabalha na reunificação dos grupos que optaram por não assinar o pacto que terminou com a revolta armada de quase seis décadas.

A inteligência militar calcula que os grupos dissidentes têm ao menos 2.300 membros que sobrevivem na guerra graças ao tráfico de drogas e ao garimpo ilegal.

O acordo de paz permitiu o desarmamento de cerca de 7.000 homens e mulheres, dos quase 13.000 que faziam parte do hoje partido de esquerda, Força Revolucionária Comum Alternativa (Farc).

O movimento denunciou o assassinato de 219 dos seus ex-combatentes desde a assinatura dos acordos.

De acordo com a promotoria, por trás dos crimes estão a dissidência da guerrilha marxista e o também insurgente Exército de Libertação Nacional (ELN), além de outros grupos ligados ao tráfico de drogas.

A Colômbia é o maior produtor e exportador de cocaína vendida nos Estados Unidos e na Europa.


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