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Estado de Minas

Irã suspende execução de três manifestantes de novembro de 2019


19/07/2020 08:49

O Irã suspendeu a execução de três pessoas envolvidas nos protestos de novembro de 2019 e condenadas à morte, informou neste domingo (19) um advogado dos réus.

"Enviamos uma solicitação (para um novo julgamento) à Suprema Corte e ela a aceitou. Esperamos que o veredicto seja anulado", disse Babak Paknia por telefone.

A autoridade judicial anunciou na terça-feira a confirmação da pena de morte para essas três pessoas, afirmando que foram encontradas evidências em seus telefones, segundo as quais incendiaram bancos, ônibus e prédios públicos durante essas manifestações.

Segundo os jornais iranianos, os três condenados à morte são Amirhossein Moradi, 26 anos, vendedor de celulares, Said Tamdjidi, estudante de 28 anos, e Mohammad Rajabi, 26 anos.

"Realmente esperamos que a sentença (de morte) seja cancelada, já que um dos juízes da Suprema Corte já se opôs ao veredicto", escreveu a defesa dos acusados em comunicado divulgado neste domingo pela agência Irna.

O anúncio da confirmação do veredicto provocou polêmica nas redes sociais, e muitos internautas pediram a suspensão, principalmente no Twitter e no Instagram.

O porta-voz do sistema de Justiça, Gholamhossein Esmaïli, disse na terça-feira que o veredicto ainda poderia mudar devido a "procedimentos extraordinários", enfatizando uma cláusula legal que pode desencadear um novo julgamento se o chefe da Justiça considerar necessário.

Um movimento de protesto estourou em 15 de novembro de 2019, quando um forte aumento no preço da gasolina foi anunciado, em meio a uma crise econômica, e afetou centenas de cidades.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional, com sede em Londres, estimou que 304 pessoas morreram, enquanto um grupo de especialistas independentes que trabalha para a ONU estimou que mais de 400 pessoas morreram (incluindo 12 crianças).

As autoridades iranianas falaram de 230 pessoas mortas nos distúrbios.

E, segundo os Estados Unidos, a repressão às manifestações em novembro deixou mais de mil mortos.


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