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Estado de Minas

Acordo para governo de coalizão na Irlanda sem o Sinn Fein


postado em 26/06/2020 19:07

Mais de quatro meses depois das legislativas na Irlanda, dois partidos de centro irlandeses e os Verdes votaram nesta sexta-feira (26) a favor de uma coalizão governamental tripartite, acordando, assim, formar um governo sem os nacionalistas do Sinn Fein.

O avanço histórico em fevereiro do Sinn Fein, ex-vitrine política do IRA, grupo paramilitar contrário à presença britânica na Irlanda do Norte, sacudiu a paisagem política do país, onde os dois partidos de centro dividem o poder há um século.

Após meses de negociações em plena pandemia do novo coronavírus, os membros do Fianna Fail, do Fine Gael e do partido ecologista, deram luz verde nesta sexta a um acordo de coalizão em votações internas.

"Devemos participar e ajudar com nossos sócios da coalizão governamental a tirar nosso país de uma crise econômica verdadeiramente grave", declarou na noite de sexta-feira o líder dos Verdes, Eamon Ryan, ratificando o acordo, ao anunciar que os membros de seu partido votaram a favor em 76%.

Mais cedo, o Fine Gael, partido do primeiro-ministro em fim de mandato, Leo Varadkar, adotou o acordo com 80%, seguido depois pelo partido Fianna Fail (74%).

"O Fine Gael iniciará um terceiro mandato no governo e esta nova coalizão está unida, forte e à altura do desafio", havia dito o premiê de 41 anos, que assegura por enquanto a função como interino.

Uma votação será organizada no sábado em sessão parlamentar extraordinária para nomear o novo primeiro-ministro.

Se se considerar que Micheal Martin, de 59 anos, dirigente do Fianna Fail, que obteve o primeiro grupo parlamentar com 38 dos 160 assentos, será o primeiro chefe do Executivo até dezembro de 2022.

Leo Varadkar, cujo partido, Fine Gael, foi derrotado com 35 assentos após uma campanha centrada no Brexit, deveria substituí-lo no Executivo depois dessa data.

Com um programa de esquerda, o Sinn Fein, favorável a uma reunificação com a Irlanda do Norte, encabeçou as legislativas com 24,5% dos votos.

Mas ao não apresentar candidatos suficientes, só se tornou a segunda força parlamentar, com 37 assentos.


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