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Estado de Minas

Governo paraguaio e Igreja se enfrentam por proibição de missas


postado em 15/06/2020 20:07

O arcebispo de Assunção, monsenhor Edmundo Valenzuela, descreveu como arbitrária a proibição de realizar missas com mais de 20 pessoas nos templos, estabelecidas pelo governo para evitar a propagação da COVID-19.

"Um setor do poder político que foi seriamente corrompido quer sujeitar a Igreja com arbitrariedade, com humilhação, enquanto se dedica ao roubo, peculato e tráfico de influência em níveis exasperantes", disse o prelado católico em uma homilia.

As expressões do arcebispo foram consideradas uma resposta à decisão do governo de manter a quantidade autorizada de apenas 20 pessoas dentro de templos durante serviços religiosos.

O governo do presidente Mario Abdo Benítez iniciou a fase 3 da flexibilização da quarentena em vigor desde 11 de março nesta segunda-feira.

A fase inclui a reabertura de restaurantes, shopping centers, teatros e clubes esportivos, com base em protocolos rigorosos que esses setores prometeram cumprir.

O retorno às Igrejas também foi autorizado, mas com 20 paroquianos para o culto religioso.

"A missa serve para dar alívio psicológico aos fiéis que precisam encontrar refúgio na fé", enfatizou o bispo.

O vice-ministro da Saúde, Juan Carlos Portillo, explicou aos jornalistas nesta segunda que "nada pode ser atribuído ao capricho, autoritarismo ou algo assim" e que "o objetivo é proteger a vida acima de tudo".

Ele lembrou que na Coreia do Sul houve uma onda significativa de contágio por cultos religiosos.

Para Portillo, os cultos religiosos, por sua natureza, produzem contatos entre as pessoas, e alerta que o contágio pode ser adquirido mesmo em cânticos.

"Pastores e fiéis exigem objetividade, porque a arbitrariedade não tem nada de ciência ou entendimento da verdade", observou o padre, por sua vez.

Após 30 dias sem nenhuma morte, o Paraguai registrou nesta segunda-feira a décima segunda morte por coronavírus, anunciou o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni.

O país registra 1.296 casos desde o início da pandemia em 7 de março.


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