(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

As acusações de Benjamin Netanyahu


postado em 24/05/2020 13:43

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, compareceu neste domingo à Justiça para responder por corrupção, malversação e abuso de confiança em diferentes casos, os quais recebem nomes codificados.

É a primeira vez que um primeiro-ministro em exercício responde por julgamento no país.

- O caso Bezeq -

O "caso 4.000" é apresentando como o mais perigoso para Netanyahu, no qual o primeiro-ministro é acusado de corrupção e abuso de poder.

Os investigadores suspeitam que ele tenha tentado garantir uma cobertura favorável em uma mídia digital, a Walla.

Em troca, ele teria concedido favores que trariam milhões de dólares em benefícios a Shaul Elovitch, então diretor do principal grupo de telecomunicações de Israel, Bezeq, e também da Walla.

No centro dessa investigação está a fusão entre a Bezeq e o provedor de TV a cabo Yes em 2015, que precisava da aprovação das autoridades de controle.

Diante das acusações, Netanyahu alega que a fusão Bezeq-Yes foi validada pelos serviços do ministério e pelas autoridades relevantes, e nega que a Walla tenha realizado uma cobertura favorável a ele.

Além de Netanyahu, esse caso também envolve Elovitch e sua esposa, além da presidente de Bezeq na época.

O procurador-geral decidiu encerrar o "caso 4000" envolvendo Sara e Yair Netanyahu, esposa e filho do primeiro-ministro.

- Cigarros e champagne -

No "caso 1000", Netanyahu e membros de sua família são suspeitos de terem recebido propinas em mais 700.000 shekels (US$ 200.000) de várias pessoas, incluindo Arnon Milchan, um produtor israelense de Hollywood, e James Packer, um milionário australiano.

Esses subornos se materializaram na forma de charutos, garrafas de champanhe e joias, distribuídos entre os anos de 2007 e 2016, em troca de favores financeiros pessoais.

Nesse caso, Netanyahu é acusado de peculato e abuso de confiança. Ele garante que a única coisa que fez foi aceitar presentes de seus amigos, sem ter pedido por eles.

- Mediagate -

No "caso 2000", a polícia suspeita que Netanyahu tentou fechar um acordo com o proprietário do jornal Yediot Aharonot, Arnon Moses, para obter uma cobertura mais favorável sobre si nesse grande jornal israelense, muitas vezes acusado pelo primeiro-ministro de estar contra ele.

Em troca, ele teria se disposto a votar uma lei que limitaria a distribuição de Israel Hayom, um jornal gratuito e principal concorrente do Yediot Aharonot, além de proibir sua publicação no fim de semana.

O acordo não foi fechado, mas Netanyahu será investigado por fraude e abuso de confiança. A polícia confia no testemunho de Ari Harow, ex-chefe de gabinete de Netanyahu, que concordou em dar seu testemunho em troca de uma pena mais branda caso fosse processado.

Netanyahu afirma que ele era o principal opositor a essa lei em questão, e que até convocou as eleições antecipadas em 2015 como forma de bloqueá-la.

Caso seja condenado, o político deverá deixar o cargo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)