Comandos militares americanos admitiram nesta quarta-feira (6) que 132 civis morreram em suas operações executadas em todo o mundo, uma cifra muito inferior às estimativas de organizações não governamentais.
O Departamento de Defesa estima que "132 civis morreram e 91 ficaram feridos em 2019 durante as operações militares americanas em Iraque, Síria, Afeganistão e Somália", assegurou o Pentágono em um relatório realizado todo ano a pedido do Congresso americano.
Segundo informações do Pentágono em seu relatório, "não há vítimas civis nas operações militares dos Estados Unidos em Iêmen e Líbia".
Foi no Afeganistão que o exército americano admitiu o maior número de vítimas civis, com 108 mortos e 75 feridos.
No Iraque e na Síria, o Pentágono admite responsabilidade na morte de 22 civis e 13 feridos.
Na Somália, só admite dois mortos e três feridos.
No entanto, as cifras oficiais do Pentágono diferem muito das fornecidas pelas organizações não governamentais.
A ONG Airwars, que conta as vítimas civis em ataques aéreos no mundo, estima que a coalizão liderada pelos Estados Unidos tenha matado entre 465 e 1.113 civis no ano passado só na Síria.
"O informe do Departamento de Defesa representa um avanço em termos de transparência nas operações militares americanas", disse o porta-voz do escritório americano da Anistia Internacional, Daphne Eviatar.
"No entanto, o conteúdo do informe sugere que o Pentágono continua subestimando a quantidade de vítimas civis", acrescentou.