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Estado de Minas

Casos de COVID-19 passam de um milhão nos EUA; Espanha e França relaxam confinamento


postado em 28/04/2020 22:07

Os Estados Unidos superaram nesta terça-feira (28) a marca do milhão de casos confirmados do novo coronavírus, enquanto vários países, incluindo França e Espanha, se preparam para reabrir o comércio, como um próximo passo para a saída progressiva do confinamento imposto pela pandemia.

O vírus, que chegou a todos os cantos do planeta, confronta os países com o duplo desafio de reativar suas combalidas economias e evitar uma nova onda de contágios.

Os Estados Unidos, onde milhões de pessoas perderam o emprego, registram 58.351 mortos, mais que os soldados mortos em 20 anos na Guerra do Vietnã. Os infectados no país passam de um milhão, em meio a uma crise sanitária que ameaça as ambições do presidente Donald Trump de se reeleger em novembro.

Mas em outros países, os contágios diminuíram e seus governos avaliam planos para retomar a normalidade gradativamente.

Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez anunciou que o rígido confinamento em vigor desde 14 de março será gradualmente flexibilizado, em um processo que termina no final de junho.

"No final de junho, estaríamos como um país nessa nova normalidade, se a evolução da epidemia for controlada em cada um dos territórios", disse Sánchez, que explicou que o desescalada durará entre seis e oito semanas em que se flexibilizarão a saída das pessoas de casa, a abertura de lojas e hotéis e as atividades de lazer.

Na França, o primeiro-ministro Edouard Philippe anunciou nesta terça-feira a reabertura de todas as lojas, exceto restaurantes e cafés, a partir de 11 de maio, e o uso obrigatório de máscaras nos transportes públicos, em um relaxamento do confinamento imposto desde em 17 de março.

"Teremos que conviver com o vírus", disse Philippe, que afirmou que grandes museus, como o Louvre, cinemas, teatros e salas de concerto permanecerão fechados até novo aviso.

Depois de registrar uma esperançosa diminuição das vítimas diárias pelo COVID-19, Espanha e França, com 23.822 e 23.293 mortes, respectivamente, são o terceiro e quarto país mais atingido no mundo pela pandemia, atrás dos Estados Unidos e da Itália.

A nova etapa de desconfinamento é possível graças ao fato de que os dois países, que chegaram a ter cerca de mil mortes por dia, registraram uma queda nas mortes: a Espanha registrou 301 novas mortes nesta terça-feira e a França, 437.

Desde que surgiu na China, em dezembro, o coronavírus matou mais de 214.000 pessoas no mundo - 85% delas na Europa e nos Estados Unidos - e contagiou 3.068.330, embora o número real deva ser muito maior, de acordo com um balanço da AFP.

- Prudência -

Diferentemente da Itália, que manterá as escolas fechadas até setembro, a França optou por um retorno gradual às salas de aula a partir de 11 de maio e pediu que as pessoas continuem trabalhando de casa sempre que possível.

Na Itália, que registra cerca de 27.000 mortes e onde as indústrias estratégicas retomaram timidamente suas atividades na segunda-feira, a desescalada começará gradualmente a partir de 4 de maio.

O Reino Unido também planeja relaxar o confinamento, imposto em 23 de março e prolongado até 7 de maio. Nesta terça-feira, registrou 586 novas mortes e atingiu 21.678 no total, às quais se somam as milhares de mortes em casas e asilos.

A Rússia, por sua vez, planeja suspender progressivamente o confinamento a partir de 12 de maio, embora o presidente Vladimir Putin tenha julgado nesta terça-feira que seu país ainda não atingiu o pico da epidemia. "A situação ainda é difícil", reconheceu.

- "Mentiras descaradas" -

A Europa, com 126.793 mortes e 1.404.171 casos, é o continente mais afetado pela pandemia. Mas os Estados Unidos são o país com o maior número de mortos (57.533).

Neste país, enquanto Geórgia e Texas relaxam as restrições, com a abertura de restaurantes esta semana, no estado de Nova York, epicentro da pandemia no país, o confinamento será mantido pelo menos até 15 de maio.

No meio disso, a guerra de acusações entre a China e os Estados Unidos pela pandemia não parou. Pequim denunciou as "mentiras descaradas" de Washington nesta terça-feira, depois de o presidente Donald Trump afirmar na véspera que poderia exigir de Pequim uma compensação milionária pelos prejuízos causados por esta crise de saúde.

O jornal Washington Post garantiu que Trump recebeu advertências em janeiro e fevereiro de seus serviços de inteligência sobre os perigos do novo coronavírus, mas apenas em 13 de março declarou emergência nacional, quando o mercado de ações despencou e casos de COVID-19 aumentavam em Nova York.

- Oração, corrupção e violência -

Na América Latina e no Caribe, o vírus continua avançando e agora totaliza 8.912 mortos e 178.627 infectados. E se espera que os casos continuem aumentando: a região está como a Europa há seis semanas, advertiu nesta terça o vice-diretor da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu que a pandemia provocará um aumento da fome e da pobreza nos países da região e destacou que a insegurança alimentar é aguda em Venezuela, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Haiti.

No Brasil, que nesta terça superou os 5.000 mortos de 71.886 casos confirmados, é o mais atingido na região.

Na Bolívia, a presidente interina, Jeanine Áñez, pediu um dia de "jejum e oração" diante da pandemia, que até agora matou 53 de seus compatriotas e infectou mais de mil.

No Panamá, o coronavírus cobrou o cargo do vice-ministro da presidência, Juan Carlos Muñoz, que teve que renunciar após a falha na compra de cem respiradores por cerca de 5,2 milhões de dólares. O caso está sendo investigado pela promotoria por suposta apropriação indébita.

O Peru também abriu uma investigação por suposta corrupção na compra de equipamentos de proteção para a polícia, três dias após a demissão do Ministro do Interior e do comandante da instituição.

- Jogos Olímpicos cancelados? -

No mundo do esporte, também afetado pela pandemia, o presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Yoshiro Mori, afirmou que o evento, adiado para 2021, pode ser cancelado, se a pandemia do coronavírus não for controlada.

Ao recordar que, até hoje, as Olimpíadas foram canceladas apenas em períodos de guerra, Yoshiro Mori comparou a luta contra a COVID-19 a "uma batalha contra um inimigo invisível".


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