O piloto americano da categoria Nascar, Kyle Larson, foi demitido nesta terça-feira de sua equipe por proferir um insulto racista durante sua participação dois dias antes, em uma transmissão virtual ao vivo.
Na segunda-feira, em meio a muita controvérsia sobre o comentário de Larson, a equipe da Chip Ganassi Racing já havia suspendido sem pagar o motorista, que também foi indefinidamente removido da Nascar e perdeu vários de seus patrocinadores.
"Após muita reflexão, a Chip Ganassi Racing determinou que encerrará seu relacionamento com o piloto Kyle Larson", disse a equipe em um comunicado nesta terça.
"Como dissemos antes, os comentários de Kyle foram ofensivos e inaceitáveis, especialmente considerando os valores de nossa organização", então encerrar o relacionamento "foi a única ação apropriada a ser tomada", enfatizou a equipe.
A polêmica aconteceu no domingo, durante uma das corridas virtuais em que os pilotos da Nascar e da IndyCar participam de suas corridas em casa, depois de suas competições terem sido suspensas devido à pandemia de COVID-19. No caso de domingo, foi uma recriação da prova Monza Madness.
Em um momento da corrida, Larson, que aparentemente acreditava ter perdido a comunicação, disse enquanto pilotava: "Você pode me ouvir? Ei..." (e depois proferiu um insulto racista).
Larson, que mais tarde pediu desculpas a seus colegas e à comunidade afro-americana, foi suspenso pela Nascar e severamente criticado por dois de seus patrocinadores - Credit One Bank e McDonald's - que encerraram seus compromissos com ele.
O piloto de 27 anos, cuja mãe é de origem japonesa, ingressou na categoria Nascar através do programa "Drive for Diversity", que visa incluir minorias na competição.
Como todas as outras ligas e torneios de esportes americanos, os eventos da Nascar estão suspensos devido à pandemia de COVID-19. Para entreter seus fãs, a competição organizou essas corridas virtuais nos últimos dias com seus pilotos, transmitidas pela Internet.