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Estado de Minas

Produtores de petróleo voltam a negociar corte na oferta


postado em 12/04/2020 15:43

Os países produtores de petróleo se reuniram neste domingo por videoconferência, em busca de um acordo sobre a redução da produção, para poder elevar os preços do petróleo, em seus níveis mais baixos devido à crise da saúde.

A nova reunião, por videoconferência após a pandemia, começou na tarde deste domingo, informou à AFP uma fonte próxima à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que pediu anonimato e não deu mais detalhes.

As autoridades do Azerbaijão informaram que a reunião seria presidida pelos ministros saudita e russo. A Rússia não é membro da Opep, mas, como o segundo maior produtor mundial, lidera os parceiros do cartel reunidos na Opep+.

Esta reunião acontece após as negociações iniciadas na quinta-feira, possíveis após Riade e Moscou darem uma trégua à guerra de preços que travaram desde a última conferência do grupo, em 6 de março, em Viena, Áustria, onde fica a sede da Opep.

Os dois exportadores foram surpreendidos com a rápida disseminação do coronavírus, que atingiu a demanda de petróleo diretamente, em uma época em que já havia uma oferta excedente.

"Na minha opinião, as ações [da Arábia Saudita, que aumentaram sua produção] eram irracionais, pois um aumento na extração em meio a uma queda na demanda é um tanto irracional, também do ponto de vista da teoria econômica", declarou neste domingo o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, citado pela agência russa TASS.

Novak disse que não esperava que a economia evolua favoravelmente "antes do final do ano, na melhor das hipóteses".

Alguns meses atrás, o preço do barril estava em torno de 60 dólares, mas no início da semana passada caiu para níveis nunca vistos desde 2002. O preço do barril, segundo a Opep, está abaixo de 21 dólares.

- Um abismo -

Após longas negociações, na sexta-feira de madrugada, a Opep e seus parceiros concordaram, com exceção do México, em reduzir em maio e junho a produção mundial em 10 milhões de barris por dia.

O México considerou excessivo o esforço exigido (redução de sua produção em 400.000 barris por dia) em comparação com outros países.

Os Estados Unidos, por sua vez, concordaram em ajudar o México a alcançar sua cota de redução para chegar a um acordo global e conter a queda nos preços.

Mas no sábado, os ministros da Energia dos países do G20 fracassaram em acordar uma queda na produção.

O comunicado conjunto divulgado após a cúpula virtual incluiu compromissos para cooperação futura na luta contra a pandemia, mas não mencionou nenhuma redução.

Embora um acordo seja anunciado neste domingo, vários analistas duvidam que esses cortes aumentem os preços.

"Um corte de 10 milhões de barris por dia em maio e junho impedirá o alcance dos limites de armazenamento e os preços não cairão no abismo, mas não restaurará o equilíbrio de mercado desejado", segundo analistas da Rystad Energy.

Os Estados Unidos não fazem parte da aliança Opep+, mas, segundo Novak, "apoiam o acordo", que pode dar um alívio à sua indústria de petróleo de xisto, que passa por grandes dificuldades.

Segundo Novak, Washington estaria disposto a cortar a produção. "Ouvimos números de 2 a 3 bilhões de barris por dia", disse o ministro russo.


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