(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

EUA soma mais de 20.000 mortes por coronavírus e mundo celebra Páscoa na quarentena


postado em 11/04/2020 21:43

Os Estados Unidos atingiram o triste patamar de 20.000 mortes por coronavírus neste sábado, enquanto milhões em todo o mundo celebram a Páscoa neste fim de semana em quarentena nas suas casas.

O surto de coronavírus matou pelo menos 20.071 pessoas nos Estados Unidos, o país com as mortes mais registradas no mundo e também as mais infectados - pelo menos 519.453, de acordo com a última contagem da Universidade Johns Hopkins.

A Itália, o país mais atingido da Europa, que possui um quinto da população dos Estados Unidos, também está se aproximando do mesmo limiar, com 19.468 mortes devido à COVID-19.

Na Europa Ocidental e em algumas partes dos Estados Unidos, começa a aumentar, contudo, a esperança de que a pandemia esteja atingindo seu ápice, e muitos estão de olho na cidade chinesa de Wuhan, o epicentro original do vírus, onde as autoridades suspenderam ordens de confinamento e a vida começa a voltar ao normal.

Espera-se que as igrejas estejam vazias neste domingo de Páscoa, o clímax da Semana Santa para os mais de 2.000 milhões de cristãos no mundo, pois as congregações devem respeitar as ordens de quarentena para limitar a pandemia, que deixa mais de 1,7 milhão de pessoas contagiadas no mundo e mataram mais de 100.000.

- "Um anúncio de esperança" -

"A escuridão e morte não têm a última palavra", disse o Papa Francisco em uma homilia transmitida on-line na véspera da Páscoa, na Basílica de São Pedro.

A festividade que celebra a ressurreição de Cristo é "um anúncio de esperança", afirmou apenas diante de uma dúzia de concelebrantes e uma dezena de fiéis.

Em uma chamada para um programa de televisão italiano na sexta-feira, o papa argentino prestou homenagem aos médicos e enfermeiros que perderam a vida combatendo a pandemia.

"Eles morreram na linha de frente, como soldados que deram a vida por amor", disse, de acordo com o Vaticano.

O pontífice foi elogiado pelo primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte por seu "gesto de responsabilidade" de celebrar a Páscoa solitariamente.

Nos Estados Unidos, muitos padres e pastores ignoraram as recomendações de médicos e autoridades e anunciaram que celebrarão missas abertas ao público neste domingo, mesmo se forem presos. A maioria, entretanto, transmitirá missa on-line. Alguns mais inovadores planejaram missas drive-in, que podem ser assistidas do carro.

- "Um muro mais alto" -

Enquanto isso, os países europeus mais afetados e os focos de infecção nos Estados Unidos - Nova York e Nova Orleans - começam a notar que a taxa de hospitalizações está diminuindo.

Os números espanhóis deram esperança no sábado: houve 510 novas mortes em um dia, uma queda pelo terceiro dia consecutivo.

Na França, o número de mortos caiu pelo terceiro dia consecutivo, para 635. "Parece que foi atingido um patamar muito alto para a epidemia, mas a epidemia continua muito ativa", disse o diretor geral de saúde Jérôme Salomon. "Devemos permanecer muito vigilantes", acrescentou.

- Boris Johnson se recupera -

A Itália garantiu que o número de mortes diárias começa a se estabilizar, embora o governo esteja resistindo à pressão para suspender a quarentena, prorrogando-a até 3 de maio.

O Reino Unido registrou seu segundo dia com mais mortes neste sábado. Enquanto isso, o primeiro-ministro Boris Johnson está "progredindo muito bem" em sua recuperação da COVID-19 depois de ter recebido alta da terapia intensiva, apesar de permanecer no hospital, segundo uma porta-voz.

Embora o número de infectados no mundo seja de cerca de 1,75 milhão, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, acredita-se que o número real seja muito maior, já que muitos países testam apenas pacientes mais graves.

O prefeito de Nova York Bill de Blasio anunciou o fechamento das escolas públicas da cidade no sábado até o final do ano letivo em junho. "É necessário salvar vidas", disse o prefeito da cidade, que tem mais de 92 mil casos e registra o maior número de mortes no país: quase 6 mil.

No entanto, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que a decisão final cabe a ele e deve ser tomada em coordenação com as cidades vizinhas e, idealmente, com os estados de Nova Jersey e Connecticut.

"A ordem do prefeito é válida até que o governador a negue por uma ordem contrária ou que a substitua", avaliou Roderick Hills, professor de direito constitucional da Universidade de Nova York, a pedido da AFP.

Muitos especialistas e a Organização Mundial da Saúde alertam que suspender a quarentena muito rapidamente é arriscado.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou na sexta-feira que isso pode levar a um "ressurgimento mortífero" do novo coronavírus, também conhecido como SARS-CoV-2.

Das favelas do Brasil a Nairóbi, Bombaim ou zonas de conflito no Oriente Médio, teme-se que o pior ainda esteja por vir para os mais pobres.

O Iêmen, devastado pela guerra, anunciou seu primeiro caso enquanto as autoridades brasileiras confirmaram as seis primeiras mortes em favelas no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta semana que a doença atingiu seu pico no país e que ele considera medidas para reabrir a maior economia do mundo o mais rápido possível. "Ficar em casa também leva à morte", disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)