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Estado de Minas

Um mês depois de campanha para Milão não parar, região da cidade italiana tem mais de 4 mil mortos

Prefeito reconhece que errou ao incentivar retomada do comércio e outras atividades em meio à pandemia de coronavírus


postado em 28/03/2020 04:00 / atualizado em 27/03/2020 22:47

Prefeito Giuseppe Sala admitiu que errou ao apoiar campanha que pedia a manutenção da economia em Milão(foto: Miguel Medina/AFP)
Prefeito Giuseppe Sala admitiu que errou ao apoiar campanha que pedia a manutenção da economia em Milão (foto: Miguel Medina/AFP)


O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, reconheceu que errou ao apoiar a ação divulgada com o lema "Milão não para", referindo-se às medidas para manutenção da economia e da vida social na cidade, mesmo com a pandemia do novo coronaví- rus. Na quinta-feira, completa-se exatamente um mês do lançamento da campanha. No momento da divulgação da hashtag na internet, em 26 de fevereiro, a Lombardia, região setentrional da Itália, tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes.
 
Após um mês, a Lombardia, cuja capital é Milão, é a região da Itália mais atingida pela COVID-19, registrando 37.289 casos de pessoas contaminadas e 5.402 óbitos, de acordo com balanço oficial divulgado ontem. Em termos quantitativos, abriga 40,1% da população italiana acometida pela doença, representando 54,4% das mortes no país. Milão, a terceira cidade com mais casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus na província, tinha até ontem 6.922 pessoas com a doença. A taxa de crescimento em 24 horas foi de mais de 848 casos.
 
“Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título  Milão Não Para. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente, errado”, reconheceu Giuseppe  Sala, em entrevista a uma emissora italiana. “Ninguém ainda havia entendido a virulência do micro-organismo, e aquele era o espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas”, afirmou.
 
O vídeo da campanha viralizou na internet em meio aos inúmeros casos de contaminação do vírus no país e após o governo ter decidido confinar 11 cidades do Norte italiano, onde haviam sido registrados os primeiros casos de transmissão interna da doença. A produção exibida exaltava os “milagres” feitos “todos os dias” pelos cidadãos de Milão e seus “ritmos impensáveis” e “resultados econômicos importantes”. “Porque, a cada dia, não temos medo. Milão não para”, afirmava o conteúdo expresso no vídeo.


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