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UE se divide sobre plano de impulso econômico diante do coronavírus


postado em 24/03/2020 16:19

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) discutem nesta terça-feira sobre as medidas comuns a serem adotadas para apoiar a economia contra o impacto do novo coronavírus, embora a Alemanha já tenha estabelecido suas linhas vermelhas.

A pandemia do Covid-19 prejudica a economia europeia, que deve entrar em recessão em 2020, e a Itália, o país mais afetado, espera, como França e Espanha, uma resposta maciça de seus parceiros em um ato histórico de solidariedade.

"É hora de mostrar a força da UE. É uma crise simétrica, que afeta todo o bloco comunitário", disse a ministra da Economia da Espanha, Nadia Calviño, antes da reunião, descartando soluções para um país ou grupo de países.

Os países do Norte, com a Alemanha e a Holanda em primeiro plano, estimam que o enorme programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE), acompanhado pelos gastos públicos de seus parceiros europeus, seja suficiente para o momento.

A UE reproduz, assim, as divisões já experimentadas durante a crise da dívida passada entre os países do Norte, que são mais rigorosos em questões fiscais, e os países do sul do bloco, vistos como mais flexíveis.

Paris, Madri e Roma há muito exigem "eurobonds", para mutualizar as dívidas dos 19 países do euro a fim de estabilizar a zona do euro e unificá-la um pouco mais.

A Alemanha, maior economia do bloco, rejeita o pedido recentemente renovado pela Itália.

"Seria um erro", disse o ministro das Finanças alemão Peter Altmaier, recusando-se a iniciar um "falso debate por motivos ideológicos" para resolver soluções por "cinco ou dez anos".

Os ministros podem concordar em mobilizar o Mecanismo de Estabilidade e Crescimento (ESM), o enorme fundo de resgate da Zona do Euro, com mais de 400 bilhões de euros, para ajudar os países necessitados, especialmente a Itália.

"Nosso objetivo é adicionar novas linhas de defesa para evitar que essa crise econômica se transforme em crise financeira", disse o presidente do Eurogrupo Mário Centeno antes da reunião.

O debate servirá de base para as discussões dos líderes dos 27 países do bloco na quinta-feira por videoconferência.


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