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Estado de Minas

Mais fronteiras fechadas e medidas excepcionais para tentar conter pandemia


postado em 14/03/2020 12:01

Estados Unidos, Reino Unido, Colômbia, Rússia e vários países europeus intensificaram nas últimas horas as medidas para atenuar o impacto da pandemia de coronavírus, que segue avançando em todo o mundo, com exceção da China, e provocando o fechamento de fronteiras e o confinamento de milhões de pessoas.

A pandemia já matou mais de 5.400 pessoas em todo o mundo desde dezembro e o número de contágios supera 143.000.

A China, país de origem da pandemia, com mais de 3.000 mortes, já registra números diários muito reduzidos de contágio e falecimentos. Neste sábado foram apenas 11 infectados. Na Europa, no entanto, a doença está em plena propagação, com mais de 37.000 casos e ao menos 1.500 mortos, especialmente na Itália e na Espanha.

Além disso, a COVID-19 afeta novos países a cada dia. Nas últimas horas, por exemplo, foram registrados os primeiros casos em Ruanda e na Venezuela. O Equador anunciou a primeira morte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que é impossível prever quando acontecerá o pico da pandemia. Depois da China, os países mais afetados são Itália, com 1.266 mortos, Irã (611), Espanha (183) e França (79).

O medo da COVID-19 esvazia ruas, confina milhões de pessoas em suas casas nos países mais afetados e transforma as vidas cotidianas. O cumprimento com um beijo, o café no balcão da padaria, reuniões de trabalho, momentos de lazer nos parques ou assistir um filme no cinema se tornaram atos irresponsáveis ou simplesmente impossíveis.

- Europa, coração da pandemia -

A Europa se tornou o centro da pandemia, segundo a OMS. Em Madri, os bares estavam fechados neste sábado, assim como as lojas, enquanto as praças e ruas estavam desertas, consequência das medidas instauradas pelo governo, que decretou estado de alerta.

Muitos cidadãos correram aos supermercados para comprar alimentos com os quais esperam sobreviver a um confinamento que não sabem quanto tempo deve durar. As lojas de alimentos permanecerão abertas e o governo garante que não permitirá escassez, mas produtos em conserva ou carnes desapareceram das prateleiras.

As principais cidades italianas também estavam desertas. Em Roma, alguns ônibus circulavam praticamente vazios e poucos cidadãos se aventuraram a sair às ruas.

O silêncio foi interrompido na sexta-feira às 18H00, quando os italianos compareceram às varandas para cantar e afastar a tristeza do confinamento. As imagens deste momento deram a volta ao mundo.

Em Paris, locais emblemáticos do turismo como o museu do Louvre ou a torre Eiffel estão fechados.

Os franceses comparecerão às urnas no domingo para eleições municipais, apesar da propagação da epidemia. As medidas de segurança e higiene serão intensificadas durante o horário de votação para evitar os contágios.

- Mais fronteiras fechadas -

A pandemia representa um teste para os sistema de saúde dos países europeus mais afetados, como Itália e Espanha.

A fotografia de uma enfermeira italiana exausta, adormecida sobre o teclado de um computador, virou a imagem símbolo do cansaço extremo dos profissionais da área de saúde no norte da Itália, que estão na linha de frente da luta contra o novo coronavírus.

Nos Estados Unidos, horas depois do presidente Donald Trump declarar estado de emergência, a Câmara de Representantes aprovou um pacote de medidas que será enviado ao Senado e que inclui testes gratuitos para todos e licenças médicas remuneradas.

A maior potência econômica do mundo não tem cobertura universal de saúde e milhões de cidadãos não possuem plano de saúde, o que deixa o país mais vulnerável. Os Estados Unidos registraram até o momento 2.000 infectados e 47 vítimas fatais.

Diante da expansão da COVID-19, a Rússia, que tem apenas 45 casos e nenhuma morte, decidiu fechar suas fronteiras terrestres com Polônia e Noruega, depois adotar a mesma medida na fronteira com a China há algumas semanas.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar medidas mais drásticas para conter a pandemia. Eventos emblemáticos, como o torneio de tênis de Wimbledon, podem ser cancelados.

Na América Latina, a Colômbia anunciou o fechamento da fronteira com a Venezuela e restringiu a entrada de estrangeiros que passaram pela Europa e Ásia. A Venezuela declarou "estado de alerta" após confirmar os primeiros dois casos e o Uruguai decretou emergência de saúde, assim como o fechamento parcial das fronteiras.

No esporte, mais eventos foram cancelados ou adiados. O Giro de Itália de ciclismo e o Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 foram cancelados nas últimas horas.

As dúvidas se concentram sobre a celebração da Eurocopa, prevista para junho e julho em 12 países, e sobre os Jogos Olímpicos de Tóquio, com cerimônia de abertura marcada para 24 de julho.


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