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Estado de Minas

Advogados tentam obter liberdade provisória de Ronaldinho no Paraguai


postado em 09/03/2020 18:55

Os advogados do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho tentavam libertar provisoriamente o ídolo brasileiro de uma delegacia de polícia em Assunção, onde ele está detido desde sexta-feira pelo uso de um passaporte adulterado no Paraguai, disseram fontes próximas à defesa da AFP nesta segunda-feira.

Os representantes do ex-craque da seleção brasileira tentam fazer com que ele possa comparecer na terça-feira ao tribunal - pela terceira vez em cinco dias - para conseguir sua liberdade provisória, disseram as fontes.

Sob um calor de quase 40 graus, Ronaldinho passou seu quarto dia de prisão na sede da polícia em Assunção nesta segunda, acusado na quarta-feira passada por usar um passaporte adulterado no Paraguai, acusação que também pesa sobre seu irmão Roberto de Assis Moreira.

Sergio Queiroz, seu advogado brasileiro que viajou especialmente para representá-lo no Paraguai, disse que a prisão do ex-jogador é "ilícita, ilegal e abusiva".

"Ronaldinho não cometeu um crime porque não sabia que o passaporte que deram a ele havia sido adulterado", disse o representante legal a repórteres.

Questionado sobre por que Ronaldinho e seu irmão queriam ter documentos paraguaios, Queiroz disse há alguns dias: "eles queriam iniciar negócios no Paraguai". "A ideia era posicionar Ronaldinho como uma imagem de marcas e empresas", acrescentou.

A defesa do ex-jogador colocou a responsabilidade nos empresários que agendaram sua presença no Paraguai, uma fundação ("Fraternidade Angelical") para cuidar de crianças carentes, cuja proprietária, Dalia López, possui um mandado de prisão.

O escândalo também levou à prisão do empresário brasileiro Wilmondes Sousa, de duas mulheres paraguaias (em prisão domiciliar) e levou à renúncia do diretor de Migração, Alexis Penayo.

- 'Fraternidade Angelical' perde status legal -

O presidente do Paraguai, Mario Abdo, revogou nesta segunda-feira, por decreto, o status legal da fundação 'Fraternidade Angélica', administrada por Dalia López.

A defesa da mulher reconheceu em declarações aos jornalistas que ela pediu aos gerentes a preparação oficial dos passaportes para os irmãos Ronaldinho e Assis a pedido deles "com a finalidade de fazer negócios no Paraguai", mas que não sabia que eles os entregariam adulterados (original, mas com conteúdo falso).

Queiroz, advogado de Ronaldinho, disse que esses documentos foram oferecidos "para facilitar a possibilidade de fazer negócios" no país, o que eles aceitaram.

Marcos Estigarribia, advogado de Dalia López, disse em entrevista coletiva que os irmãos De Assis Moreira entregaram 5.000 dólares "para acelerar o processo de passaportes" e que a mulher nunca havia desconfiado que eles fossem receber passaportes de conteúdo falso.

Alvaro Arias, também advogado da empresária disse que não pagou Ronaldinho para vir ao Paraguai e que ele não planejava fazer negócios com o ex-jogador.

Outro dos envolvidos, preso na Penitenciária de Tacumbú de Assunção, o empresário Wilmondes Sousa, responsabilizou Dalia López pela confecção dos documentos falsos.

Queiroz, por sua vez, ratificou que não há relação comercial entre Ronaldinho e López e que o único elo estava relacionado à agenda preparada para crianças carentes denominada "Saúde Móvel para Crianças e Meninas Indigentes", assistência gratuita a crianças em situação de vulnerabilidade.

O ex-craque também tinha programado abrir um cassino pertencente ao empresário brasileiro Nelson Belotti.

Porta-vozes do Grupo Policial Especializado disseram à AFP que, eventualmente, Ronaldinho poderá participar do jogo diário de futebol que os prisioneiros praticam à tarde.


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