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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

ONU critica Brasil e EUA


postado em 28/02/2020 04:00

Sob o governo Bolsonaro, queimadas cresceram 30,5% na Amazônia no ano passado(foto: JOAO LAET/AFP)
Sob o governo Bolsonaro, queimadas cresceram 30,5% na Amazônia no ano passado (foto: JOAO LAET/AFP)

 

A comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, acusou Brasil e Estados Unidos de darem "marcha a ré" em matéria de proteção ambiental. A comissária lamentou "os importantes retrocessos nas políticas de proteção do meio ambiente e nos direitos dos povos indígenas" sob o atual governo. Bastante cético com relação à mudança climática, o presidente Jair Bolsonaro foi criticado por ter flexibilizado as restrições na exploração das riquezas da Amazônia. Em 2019, seu primeiro ano de mandato, o desmatamento na região aumentou 85% em relação a 2018 e houve propagação gigantesca de queimadas, com crescimento de 30,5% em 2019 na comparação com 2018, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

"A proteção do nosso meio ambiente é fundamental para o gozo de todos os direitos humanos", declarou Bachelet no Conselho de Direitos Humanos. Ela apontou ainda que "os Estados Unidos recuam em matéria de proteção ambiental, incluindo no que diz respeito às vias navegáveis e às zonas úmidas".

 

No ano passado, o governo conservador do republicano Donald Trump revogou uma norma que protegia os recursos hídricos desde a gestão de Barack Obama. A decisão foi condenada pelos defensores do meio ambiente, mas aplaudida pelos agricultores e pelo setor da construção.

 

Esta medida faz parte de uma série de outras tomadas por Trump desde sua chegada ao poder em 2017, as quais têm um impacto negativo sobre o meio ambiente. "Os poluentes não tratados podem agora ser lançados em milhões de quilômetros de água, o que põe ecossistemas, água potável e saúde humana em risco", advertiu a ex-presidente do Chile.

 

Em contrapartida, Bachelet elogiou o projeto Green Deal (o chamado Pacto Ecológico), que pretende alcançar a neutralidade carbono até 2050 na Europa. Ela pediu aos europeus, porém, que adotem medidas sociais fortes para garantir que esta transição justa "não deixe ninguém esquecido para trás". 


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