Um soldado ucraniano foi morto e outros cinco ficaram feridos nesta terça-feira em um confronto com os separatistas pró-russos no leste do país, um incidente denunciado por ambos os lados como uma "provocação".
"Os rebeldes e os ocupantes (russos) fizeram uma provocação cínica, na tentativa de frustrar o processo de paz", acusou no Facebook o presidente ucraniano Volodimir Zelenski.
"Temos um exército poderoso, que respondeu vigorosamente. A situação está completamente controlada pelo nosso exército", disse ele mais tarde em uma reunião com a imprensa.
"Essa provocação não mudará nossa política (...) estamos caminhando resolutamente para o fim da guerra, para a paz", insistiu o chefe de Estado.
Essa escalada, "uma das piores" nos últimos anos, de acordo com o exército ucraniano, ocorreu na região de Lugansk, perto das cidades de Novotoshkivka e Krimské e a menos de 10 km de um dos três setores de onde os combatentes se retiraram no ano passado.
No início da manhã, os separatistas tentaram atravessar a linha de frente bombardeando posições ucranianas com peças de artilharia de 152 e 120 mm, metralhadoras e um tanque, informou o serviço de imprensa do exército.
As unidades de assalto tentaram ocupar postos de observação das forças armadas ucranianas, disse Ruslan Jomshak, comandante do Estado-Maior do exército. Segundo ele, a batalha durou várias horas, enquanto Kiev respondeu com fogo de artilharia.
"Estamos profundamente preocupados e instamos urgentemente a Rússia a manter seu compromisso de paz", reagiu a embaixada dos Estados Unidos no Twitter.
Por sua parte, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, enfatizou que "houve vítimas de ambos os lados", sem acrescentar detalhes sobre o confronto.
Os separatistas mencionaram "uma sangrenta provocação de Kiev".
Em quase seis anos de guerra no leste da Ucrânia, mais de 13.000 pessoas morreram, enquanto 1,5 milhão foi deslocada.