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Estado de Minas

OMS volta atrás e decide decretar risco internacional 'elevado' para coronavírus

Em relatórios anteriores, a agência especializada das Nações Unidas apontou que o risco global era 'moderado'


postado em 27/01/2020 12:42 / atualizado em 27/01/2020 19:04

(foto: Anthony WALLACE / AFP)
(foto: Anthony WALLACE / AFP)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) corrigiu nesta segunda-feira sua avaliação do risco do coronavírus que surgiu na China, considerando elevado para o nível internacional, depois de tê-lo descrito como moderado por "erro de formulação".


Em seu relatório sobre a situação, publicado nas primeiras horas desta segunda-feira, a OMS indica que sua "avaliação de risco (...) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro): muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo".


Em relatórios anteriores, a agência especializada das Nações Unidas apontou que o risco global era "moderado".


"Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos", explicou à AFP uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.


Na última quinta-feira, a OMS considerou "muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional".


"Ainda não é uma emergência de saúde global, mas pode vir a ser", declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que viajou para a China.


A OMS só utiliza esse termo para epidemias que exigem certa reação global, como a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus zika em 2016 e a febre ebola, que atingiu parte da África Ocidental entre 2014 e 2016 e República Democrática do Congo desde 2018.


Da família dos coronavírus, como o SARS, o vírus 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave.


Cronologia do coronavírus na China


  • 31 de dezembro de 2019
As autoridades chinesas alertam a OMS sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida

  • 7 de janeiro de 2020
Um novo coronavírus é identificado

  • 11 de janeiro de 2020
Primeira morte na China

  • 13 de janeiro de 2020
Primeiro caso fora da China é detectado

  • 20 de janeiro de 2020
Cientista chinês afirma que vírus é transmitido entre humanos

  • 23 de janeiro de 2020
A OMS reconhece "emergência na China", mas diz que é prematuro falar de "emergência sanitária em escala mundial"

  • 24 de janeiro de 2020
Primeiro caso é detectado na Europa, na França

  • 25 de janeiro de 2020
Mais de 40 mortes e 1 mil casos são confirmados. Cerca de 56 milhões de pessoas são confinadas na província de Hubei, centro da epidemia em Wuhan (China)

  • 27 de janeiro de 2020
As férias do ano-novo Chinês são prolongadas para reduzir o movimento de pessoas e a propagação do vírus


Até agora, pelo menos 81 pessoas morreram das mais de 2.700 que foram infectadas na China desde o seu surgimento no final de dezembro.


Desde então, se espalhou pela Ásia, Europa, Estados Unidos e Austrália.


Com o surto de SARS (2002-2003), a OMS criticou Pequim por ter demorado a alertar e tentar esconder a verdadeira extensão da epidemia.


A OMS também foi criticada nos últimos anos. Considerada alarmista por alguns durante a epidemia do vírus H1N1 em 2009, foi acusada, durante a epidemia de ebola na África Ocidental (2014), de não ter calibrado a verdadeira extensão da crise.


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