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Estado de Minas

Centenas participam de último protesto do ano na fronteira Gaza-Israel


postado em 27/12/2019 16:25

Centenas de palestinos participaram de protestos ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel nesta sexta-feira (27), nas últimas manifestações semanais organizadas pelo movimento islamita Hamas, que só retornarão em março do ano que vem.

Sob forte chuva e muito vento, os protestos tiveram menos participação do que nos últimos meses, com menos tensões do que nas semanas anteriores e sem disparos do exército israelense, informou um correspondente da AFP.

Apesar da aparente tranquilidade, no sul da Faixa de Gaza, o exército lançou bombas de gás lacrimogêneo quando os manifestantes das localidades fronteiriças de Rafah e Khan Yunes se aproximaram da cerca e lançaram pedras e coquetéis molotov contra os soldados que se encontravam do outro lado da fronteira.

Talal Abu Zarifa, membro do comitê organizador da "Marcha do Retorno", informou que todas as manifestações semanais que acontecem toda sexta-feira ao longo da fronteira foram suspensas até 30 de março de 2020.

Os protestos semanais começaram em março de 2018 para pedir o cessar do bloqueio israelense, imposto por mais de dez anos na Faixa de Gaza, e o direito de retorno dos palestinos expulsos de suas casas ou que fugiram após a criação do Estado hebreu em 1948.

Quando retomarem, os protestos serão mensais, acrescentou Zarifa, sem dar nenhum motivo específico para esta decisão.

Nos últimos meses, a participação tem diminuído.

A adesão foi grande no início da mobilização na Faixa de Gaza, um enclave palestino governado pelo movimento islamita Hamas, e frequentemente pontilhada por violentos confrontos entre manifestantes e forças israelenses.

Israel argumenta que qualquer "retorno" dos palestinos a suas casas significaria o fim de seu status de Estado judeu.

Também acusa o Hamas de orquestrar os protestos para cobrir ataques internacionais.

Mas, no ano passado, o Hamas e Israel forjaram uma trégua informal, precária e muitas vezes intermitente, na qual o Estado hebraico facilitou seu bloqueio no enclave, em troca de calma na fronteira.

Como parte do acordo, Israel permitiu a entrada de milhões de dólares em ajuda do Catar todos os meses em Gaza, um território de dois milhões de habitantes, metade dos quais vive abaixo da linha da pobreza.

Pelo menos 348 palestinos foram mortos em Gaza por tiros do exército israelense desde o início do movimento, segundo uma contagem da AFP, e outros 7.800 ficaram feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Israel e Hamas travaram três guerras no enclave desde 2008.


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