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Estado de Minas ACORDO NUCLEAR

Sanções ao Irã voltam à pauta

Governo francês ameaça seguir decisão dos Estados Unidos contra Teerã, diante da tentativa frustrada de negociar entendimento em favor do cumprimento de tratado de 2015 pela paz


postado em 28/11/2019 04:00 / atualizado em 27/11/2019 21:48

Além do embaraço do presidente francês, Emmanuel Macron, junto ao Irã, agricultores tomaram Paris para pressioná-lo por melhores preços(foto: Dominique Faget/AFP)
Além do embaraço do presidente francês, Emmanuel Macron, junto ao Irã, agricultores tomaram Paris para pressioná-lo por melhores preços (foto: Dominique Faget/AFP)

A França ameaçou ontem invocar mecanismo incluído no acordo assinado em 2015 pelas grandes potências com o Irã, que permitiria voltar ao regime de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), após as sucessivas violações ao acordo por parte de Teerã. “A cada dois meses o Irã acrescenta um corte [ao tratado], até o ponto de atualmente estarmos nos perguntando, digo isso com total clareza, se aplicamos o mecanismo de resolução de controvérsias que está previsto no tratado”, advertiu o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, no parlamento do país.
 
“Dada a sucessão de ações empreendidas pelas autoridades iranianas, que vão rompendo progressivamente com o conteúdo do JCPOA (acordo nuclear), se levanta essa questão”, acrescentou Le Drian, diante da Comissão de Assuntos Exteriores da Assembleia Nacional, câmara baixa do Parlamento francês.
 
Desde maio passado, Teerã tem descumprido o acordo alcançado em 2015 para garantir o caráter pacífico de seu programa nuclear. O Irã respondeu assim à decisão dos Estados Unidos de se retirar unilateralmente do tratado em 2018 e restabelecer sanções para asfixiar a economia iraniana.
 
Le Drian se mostrou bastante pessimista sobre o resultado dos múltiplos esforços empreendidos pela França para tentar salvar o acordo. O presidente francês, Emmanuel Macron, participou ativamente de uma tentativa de organizar encontro de seus homólogos Donald Trump, dos Estados Unidos, e Hassan Rohani, do Irã. No entanto, até agora não teve sucesso.
 
Enquanto isso, manifestantes incendiaram, ainda ontem, o consulado do Irã na cidade santa xiita de Nayaf, no sul do Iraque, que vive há dois meses sua pior crise social em décadas. Os iraquianos saem às ruas diariamente desde 1 de outubro para exigir a “queda do regime”, acusado de práticas de corrupção. A maioria da população iraquiana é xiita, como a iraniana.

agronegócio pressiona Centenas de agricultores, alguns dirigindo tratores, foram a Paris ontem para reclamar melhores preços para seus produtos e pressionar as negociações anuais em curso com o setor de distribuição. Os comboios saíram na madrugada de vários pontos perto da capital e avançaram para a capital, onde provocaram alguns engarrafamentos, mas menores que o esperado.
 
O protesto, convocado em toda a França pelos sindicatos da FNSEA e Jeunes Agriculteurs, reuniu cerca de 1 mil tratores na capital. Outros 200 agricultores bloquearam a Avenue des Champs Elysées e jogaram feno no Le Fouquet's, um conhecido restaurante de luxo.
 
“Estamos realmente sofrendo. Pedimos uma reunião com o presidente [francês Emmanuel Macron]. Estamos dispostos a ficar o tempo que for necessário”, disse com por meio de um megafone Cyril Milard, o presidente da região de Seine-et-Marne do sindicato da FDSEA. Os agricultores pedem melhores preços de venda de seus produtos e querem influenciar as negociações em andamento dos grupos de distribuição franceses, de propriedade de grandes redes de supermercados. As negociações anuais estabelecem os preços para um período de 12 meses.

Nova ofenSiva de Trump no México

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), disse em entrevista divulgada ontem que pretende classificar os cartéis de drogas do México como “grupos terroristas”, decisão que dará a Washington mais poderes para combater o tráfico de drogas e de pessoas. “Vou designá-los sim, absolutamente. Estou trabalhando nisso durante 90 dias”, disse o presidente. “Mas tal enquadramento não é tão fácil. Existe um processo e estamos em meio a isso”, explicou ele em entrevista ao jornalista conservador Bill O'Reilly, da emissora de TV Fox News. Questionado se usará drones para realizar ataques, Trump disse que ainda não definiu uma estratégia, mas que já ofereceu ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ajuda no combate aos cartéis. O governo de López Obrador reagiu rapidamente, com a secretaria de Relações Exteriores informando que contactou distintas autoridades americanas para entender o “conteúdo e os alcances do anúncio” de Trump. Os EUA têm uma longa lista de organizações classificadas como terroristas, a maioria islâmicas, marxistas ou separatistas. Entre elas, estão o palestino Hamas, o libanês Hezbollah, o colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN), a Guarda Revolucionária Iraniana e o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). A designação dos cartéis como terroristas pode acarretar novas sanções contra essas organizações, assim como mais recursos para combatê-las.


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