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Estado de Minas

Da Europa ao Polo Norte, temperaturas batem recordes em 2019


postado em 26/07/2019 11:55

O ano de 2019 está longe de terminar, mas já registrou ondas de calor e recordes de temperaturas, da Europa ao Polo Norte, fenômenos que correspondem aos impactos da mudança climática causada pelas ações humanas.

As sucessivas ondas de calor são um sintoma inequívoco do aquecimento global, embora os cientistas frequentemente relutem em atribuir um evento meteorológico extremo a uma desordem climática, de qualquer tipo.

- O mês de junho mais quente -

Em 2019 o mundo viveu o mês de junho mais quente da história desde o início dos registros de temperaturas, destronando junho de 2016.

Este recorde se deve, sobretudo, à onda de calor excepcional na Europa, que elevou em cerca de dois graus a temperatura normal nesse período, segundo o Serviço sobre Mudança Climática Copernicus.

A América do Sul também viveu seu mês de junho mais quente, segundo a Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (NOAA) americana.

- Recordes em série na Europa -

A Europa sofreu duas ondas de calor em menos de um mês, uma primeira, muito precoce, no final de junho, e outra muito intensa em julho.

Em junho, a França registrou o recorde de 46°C no dia 28, na cidade de Vérargues, no sul.

No segundo episódio, as temperaturas têm ficado abaixo dessa máxima, mas ultrapassam os 40°C. Paris alcançou 42,6°C (seu recorde anterior era de 40,4°C em 1947).

Muitos países europeus bateram seu recorde nesta semana, como Alemanha (42,6°C), Bélgica (41,8°C) e Holanda (40,4°C).

"Desde 2015, todos os anos há ondas de calor extremo em algum lugar da Europa, no sul ou no norte", disse Robert Vautard, climatologista do Laboratório de Ciências Climáticas e Ambientais.

Este pesquisador e seus colegas da rede World Weather Attribution estimaram no início de julho que as mudanças climáticas tornaram a onda de calor na França "pelo menos cinco vezes mais provável" do que se os seres humanos não tivessem alterado o clima.

Durante o primeiro semestre de 2019, também houve ondas de calor intensas na Austrália, Índia, Paquistão e em algumas áreas do Oriente Médio, segundo a World Meteorological Organization (WMO), que prevê outros episódios durante o verão do hemisfério norte.

- Polo Norte -

Em meados de julho, o mercúrio atingiu 21°C em Alert, o lugar habitado mais ao norte do planeta, a menos de 900 km do Polo Norte, um recorde para esta temporada.

O recorde anterior (20°C) remonta a julho de 1956, mas desde 2012 esta área nas margens do Oceano Ártico teve vários dias entre 19 e 20°C.

- E para todo o ano de 2019? -

Os últimos quatro anos foram os mais quentes do planeta, segundo a ONU.

O ano de 2018 ficou em quarto lugar, com uma temperatura média planetária cerca de 1°C superior em relação à era pré-industrial.

Com +1,2°C, 2016, marcado pela influência do fenômeno El Niño, é até o momento o mais quente, à frente de 2015 e 2017.

Segundo a NOAA, o período de janeiro a junho de 2019 foi o segundo mais quente da história (tanto quanto em 2017 e à frente de 2016).

"WMO estima que 2019 estará no top 5 dos anos mais quentes e que 2015-2019 será o mais quente dos cinco anos consecutivos já registrados", disse Johannes Cullmann, diretor do departamento de clima e água dessa organização.


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