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Estado de Minas

Protestos no Sudão deixam sete manifestantes mortos


postado em 30/06/2019 20:01

Pelo menos sete manifestantes morreram em protestos maciços celebrados neste domingo (30) no Sudão para exigir dos militares a entrega do poder aos civis, anunciou um comitê de médicos vinculado à oposição.

Em hospitais da capital e do interior "também há muitos feridos graves baleados pelas milícias do Conselho Militar", acrescentou o comitê.

Neste domingo, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em todo o Sudão para pressionar o Conselho Militar de Transição, que tomou o poder após a destituição, em abril, do presidente Omar al Bashir.

No sábado, a União Europeia tinha alertado que era "dever do Conselho Militar garantir a segurança de todos e se abster de qualquer uso de violência contra os manifestantes".

Já a Anistia Internacional alertou que o conselho "não deve deixar que o país deslize para uma repressão maior. O mundo está olhando".

A manifestação deste domingo foi a maior desde 3 de junho, quando os militares dispersaram um acampamento diante do quartel-general do exército, com um balanço de dezenas de mortos e desatou protestos internacionais.

A Aliança para a Liberdade e a Mudança (ALC), que lidera os protestos, convocou uma grande manifestação para exigir uma transferência de poder aos civis.

Em três bairros de Cartum, Bari, Arkaweit e Al Mamura, a polícia usou gás lacrimogêneo contra os militantes que gritavam "Poder Civil", afirmaram testemunhas.

As forças de segurança também reprimiram os manifestantes na cidade de Gadaref, leste do país.

"Convocamos nosso povo revolucionário na capital para que siga até o palácio para exigir justiça para os mártires e que o poder seja entregue de imediato aos civis, sem condições", afirmou a Associação de Profissionais Sudaneses (SPA), que integra a ALC.

A marca do "milhão" poderia ser um teste para comprovar a capacidade de mobilização dos organizadores do movimento. Mas também para o Conselho Militar de Transição, que comanda o país desde que o exército destituiu e prendeu em 11 de abril o presidente Omar al-Bashir.

As autoridades bloqueiam há várias semanas a internet, uma ferramenta estratégica para mobilizar os manifestantes desde o início do inédito movimento de protesto no Sudão em 19 de dezembro de 2018.


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