(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Polícia investiga motivos do atirador que matou 12 pessoas na Virgina


postado em 01/06/2019 14:13

A polícia da Virginia tenta determinar o que motivou um engenheiro de serviços públicos a atirar de modo indiscriminado, na sexta-feira (31), contra os colegas de trabalho e matar 12 pessoas em um edifício municipal.

As autoridades identificaram o atirador como DeWayne Craddock, de 40 anos, durante uma emotiva entrevista coletiva, que deu mais espaço para as vítimas do massacre, o mais recente capítulo na epidemia de violência com armas de fogo nos Estados Unidos.

O nome do atirador foi mencionado apenas uma vez.

Craddock, que foi morto por policiais, era funcionário do Departamento de Obras Públicas de Virginia Beach, onde trabalhou por 15 anos, informou o chefe de polícia, James Cervera.

O comandante das forças de segurança se negou a afirmar se Craddock havia recebido alguma punição recentemente ou se o arquivo de profissional registrava problemas no ambiente de trabalho. O Wall Street Journal noticiou que ele havia sido demitido recentemente.

"Estamos fazendo uma investigação profunda sobre os atos anteriores ao incidente, assim como sobre o incidente", declarou o chefe de polícia.

O administrador da cidade, Dave Hansen, iniciou a coletiva com a exibição de fotos das 12 vítimas fatais, sete homens e cinco mulheres, enquanto lia seus nomes. Onze trabalhavam para o governo da cidade de 450.000 habitantes, que fica 300 km ao sul de Washington.

- "Muito introvertido" -

Um pouco antes das 16H00 de sexta-feira (17H00 de Brasília), o atirador entrou no edifício municipal, fortemente armado, e abriu fogo de modo indiscriminado.

A polícia respondeu as ligações de emergência do centro municipal, um campus de 30 edifícios de estilo colonial, e cercou o atirador em poucos minutos, declarou Cervera.

Craddock estava armado com uma pistola semiautomática calibre 45 equipada com um silenciador e carregadores de alta capacidade. Ele abriu fogo nos três andares do edifício.

Cervera afirmou que local parecia uma "zona de guerra". Um agente foi atingido por um tiro, mas sobreviveu graças ao colete à prova de balas.

A polícia informou que tentou, sem sucesso, reanimar o suspeito depois que ele foi atingido por tiros dos agentes.

Após o massacre, mais armas foram encontradas no local do ataque e na casa de Craddock.

O edifício municipal abrigava os escritórios do Departamento de Obras e Serviços Públicos da cidade e pode receber até 400 pessoas ao mesmo tempo.

O prefeito da cidade, Bobby Dyer, declarou na sexta-feira que este foi "o dia mais catastrófico da história de Virginia Beach".

Megan Banton, funcionária municipal, disse que ela e 20 colegas de trabalho se esconderam em um escritório.

Ela disse que a polícia não conseguiu chegar de modo suficiente rápido e que a espera pareceu demorar "horas".

Uma vizinha de Craddock contou que ele era introvertido e acordava em horários estranhos.

"Eu escutava quando caminhava. Ele deixava coisas cairem às 2 da manhã", disse Cassetty Howerin a um canal de televisão.

"Nunca o vi levando lixo, com comida, nunca vi entrar ou sair ninguém. Era muito introvertido".

- 150 tiroteios em massa em um ano -

O presidente Donald Trump comentou no Twitter o tiroteio.

"Conversei com o governador da Virginia @RalphNortham durante a noite, e com o prefeito e o vice-prefeito de Virginia Beach esta manhã, para oferecer condolências a esta grande comunidade. O governo federal está lá, e continuará, para o que necessitarem. Deus abençoe as famílias e a todos", escreveu.

De acordo com grupo Gun Violence Archive, que monitora ataques armados no país, a tragédia de sexta-feira foi o 150º tiroteio em massa em 2019 nos Estados Unidos, definido como um evento em que quatro ou mais pessoas são feridas ou assassinadas a tiros.

O número, recordou o senador democrata Chris Murphy, equivale a quase um tiroteio em massa por dia.

Apesar da magnitude da violência com armas de fogo em todo o país, as leis de compra e posse de armas são pouco rígidas. Os esforços para abordar o tema no Legislativo permanecem bloqueados a nível federal.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)